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domingo, 6 de novembro de 2011

Espelho

"A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc... etc...Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."
Manuel de Barros

Espelho

Deixa que eu descanse meus olhos na tua face
E te ofereça o meu olhar para que leias o meu silêncio
Ando cansada demais para dizer qualquer palavra
E palavras às vezes são apenas palavras, nada mais

Deixa que eu examine teus olhos quando nos meus
E  decifre neles cada segredo, cada silêncio teu
Andas cansado demais para dizer qualquer palavra
E palavras às vezes são apenas palavras, nada mais

Já é tão tarde em mim, sinto que envelheci de repente
Já não carrego comigo quase nenhum sonho, nenhuma ilusão
Mantenho distantes e alheios todos os meus pensamentos
Mas ainda guardo no peito antigos versos, poemas, canções

Uma tristeza profunda inunda minha alma  lentamente
E vai consumindo aos poucos cada pedaço do que sou
Faz dos meus dias apenas dias vividos inutilmente
Cheios de vazios,lacunas, esboço de um retrato que não se completou.

regina ragazzi

2 comentários:

regina ragazzi disse...

Obrigada amigo querido por mais esta postagem de um poema meu aqui nesse seu blog lindo. Sempre venho ler-te. Saudades. Bj carinhoso

Ivone disse...

Lindo poema e linda amizade, lindo poder dar valor aos que nos são caros, lindo isso!!!
Ivone