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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Amar-te-ei eternamente


Deixe-me falar
De sentimentos
Os muito guardados
Esperando o momento
De se libertares.

Deixe-me dizer-te
Como é doce esse sentir
De compartilhar os momentos
Com um doce amigo

Deixe-me sentir seu falar
Ouvir seu sussurro
Ao ouvido
Como se fossem
Um sopro de vida.

Deixe-me embriagar
Nesse sentimento
Que nos une
Sentimentos sublimes
De amizade sem fim.

Deixe-me sentir o roçar dos lábios
Em minha face
Como é bom te ter aqui!

Deixe-me enveredar
Pelos seus pensamentos
Fazendo desses momentos
Um eterno prazer.

Deixe-me ser seu sorriso
Levar-te ao paraíso
Do sentido do viver.

Deixe-me ser
Sua esperança
Sua lembrança
Mais querida
Mais desejada
Mais buscada
No decorrer de sua vida.

Ata-te a mim pelos laços do amor
Sem medida ou comprimento
Pois o elo é todo nosso tempo.

Deixe minhas palavras cravarem fundo na alma
E fazer de teus sonhos os mais lindos momentos
Assim nunca estarás só
Viverá um novo momento
Onde a solidão não te molestará
Pois vida você terá
Viverás em meu coração
Em meus pensamentos

Amarei-te eternamente
Enquanto quiserdes
Ter-me junto a ti
E mesmo quando partires!

Rosa D Saron

terça-feira, 28 de abril de 2009

O meu sentir


Nada pior,
que olhar
e tudo parecer vão!

Uma vida
com os outros
e para os outros
e tudo
parece que não existiu!

Passeio
no deserto,
quando já não vejo rua!

Vejo
atalhos sem saída
e paro.

Onde está o meu caminho?

Pergunto
e ninguém responde!

Olho
para donde vim,
não alcanço ninguém…

Porque vivo assim?

Ninguém saberá responder…!

O poeta
que encantou os outros,
não sabe escrever um poema para si…

José Manuel Brazão

A pedra no caminho


Procurando ir ao seu encontro
Parti.

No caminho percorrido
Lutas!

Cada metro vencido
O cansaço.

Todo km avançado

Á esperança
Acompanhava-me.

O Sol me guiava com seu calor
Fazia-me
Sentir aquecida
Como se fosse sua presença.

Caminhei...
Firme
Sem desanimar
Precisava te ver
Abraçar-te

Pelo teu corpo enveredar
Embrear pela mata afora
Pelo prazer de te ter.

Ao longe uma pedra avistaram
Os meus olhos...
Como um mau presságio

Obstruía o caminho!
Parei...
Meditei...

Criei forças...

Encontrei-me...

Visualizei-te...

Sorrias-me...

Chamava-me...

Vi seus braços abertos
Á minha espera...

E num ato de coragem

Abandonei o caminho

Contornei a pedra...

Embreei-me no mato...
Subi morros e desci...

Pulei grotas...

Pulei valas...

Nadei por rios...

Em seus braços me lancei!

Assim você descobriu o quanto te amo
E que nada pode impedir
Um amor de vencer.

Nunca podemos nos dar por vencidos
Nenhum obstáculo é grande o suficiente
Para nos fazer desistir
De um amor viver!

Rosa D Saron

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Inventa-se


Com o olhar no abalar das andorinhas
tacteiam-se lamentos na pele.

Em cada ruga sulcada pela idade
inventam-se nascentes de palavras
a correr no viço da lisura desejada.

Na cintura já talhada fora das medidas
inventam-se colares de missangas coloridas.

No olhar perturbado por sonhos inacabados
improvisam-se estrelas que dançam deslumbradas.

No útero morto à vida
inventa-se um cálice de vitalidade.

Dos seios descaídos pelas mãos do tempo
inventa-se o viço de rosas em botão.

Das nádegas, de firmeza já corroída
inventa-se o fulgor de montanhas plantadas.

Na pele enrijecida pela vida
inventam-se poros de paixão incontida.

Hoje, sentindo o viço a exilar
as mãos escrevem saudades
num novo dicionário do olhar.

Marta Vasil

domingo, 26 de abril de 2009

Sabes Zeca


O olhar com que sonhavas o mundo
Ainda não brilha

A voz que deixaste nas nossas vidas
Já não ecoa

Dói-me o choro de uma mãe
Que desespera pelo abraço do filho
Perdido pela droga

Dói-me o silêncio daquela mulher
Que se esconde do olhar de um marido
Que a maltrata

Sabes ZECA, devias voltar…

Hoje, em tudo se encontra
Pedaços de injustiça que magoam
Pedaços de vida que amargam
Quantas cantigas, gritaste?
Quantos pedidos, fizeste?

Poemas estilhaçados que se perderam

Volta ZECA
Volta com o cantar de um infinito
Que mexe, que incomoda…
Pois já não há pão
Não há emprego
Não há razão

O cântico é de lamúria
A voz já não tem espaço para cair
O grito da revolta afundou-se
Em mar de desespero arregaçado

As ribeiras ainda choram
Os rios não voltaram a passar
Os olhos não secaram
Mas contigo,
Voltamos a cantar…

Vanda Paz

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Poema de Abril


Entre a baioneta e a pistola
despe a farda ensanguentada
pega na bala por disparar
e no capacete
o soldado poeta põe-se a versejar.

Verseja o inimigo com tiros de mel.
No arame farpado
faz prisioneiros tiros de canhão
com o sangue da farda
escreve cravos em botão.

Ilusão este tempo do soldado poeta!

O pelotão inimigo marcha
zumbe-lhe aos ouvidos.
Atingido rebentam-lhe o fel
e o soldado poeta chora enfraquecido
a versejar tiros de mel.

Renascem-lhe forças sopradas em olhar de criança!

Com as lágrimas tingidas de vermelho
acorda os cravos em sofreguidão
e pétala a pétala escreve em liberdade
o mais lindo poema de Abril
há muito inquilino do coração.

Marta Vasil

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sorria amigo – Ainda tem tanto para viver!


Carrego-te no pensamento por onde ando
Mas não te divido com ninguém
É muito precioso para mim

É um amigo sempre presente
Enche-me de contentamento
Está sempre trazendo uma palavra de carinho
E preenchendo meus momentos

Assim te vejo, te visualizo.
Sinto-te em mim
E no pensamento consigo
Visualizar tua tristeza

Não... Não fique triste amigo!
Quem tem amigos nunca está só!
Deixe seus sentimentos sorrirem
Liberte-os eles precisam viver

Não desista da vida
Não desista dos sonhos
Sem eles irá morrer!

Pegue o meu sorriso
Ele é todo seu
Pois é meu amigo.

Com meu sorriso poderá encontrar-te
E encontrando-te nova vida terá
Deixe o passado para trás
Olhe a frente, ainda existe tanta vida,
Para você á viver!

Sorria,sou sua amiga
Sempre estarei contigo!

Rosa D Saron


Um presente-poema da minha Amiga a escritora Rosa D Saron

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sorrindo para cada um...


Escrevi muito,
sobre o amor,
paixões,
alegrias e tristezas,
pensamentos,
reflexões.

Emoções,
muitas emoções!

De tudo um pouco,
das coisas da Vida!

Tudo ficará
e quando partir,
repousarei
nos meus singelos poemas;

quem os ler
ou reler,
sentirá a minha presença,
sorrindo para cada um…

José Manuel Brazão

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sonhos


Chama por mim um lugar
longe daqui, longe deste tempo.

Chama por mim a eira
onde punha o pensamento a desfolhar.
O carreiro de pedras
onde ao deitar da tarde
desfilava sonhos em cartas de marear.
A horta em mancha esmeraldina
onde colhia as couves
que ao fosco da tarde e já em surdina
me davam de cear.
O forno de lenha a crepitar
à espera do pão de centeio
com que me havia de deliciar.
Era menina com sonhos entrançados
presos com elásticos inquebráveis
Hoje, mulher, ainda entranço sonhos
por vezes, presos com elásticos já cansados.

Marta Vasil

Ainda com esperança...


Nasce-me o receio
Selvagem
Entre as pedras frias
Da minha alma

Nasce-me a tristeza
Vadia
De um mundo
Que escorre em surdez

Inquieta-me a verdade
Pela resignação do Homem

Tu que me lês
Sorri
E luta, luta, luta
Só assim irás além dos sentidos.

Vanda Paz

domingo, 19 de abril de 2009

Eu e Márcia



Conheci Márcia como tantos outros no Mundo da Poesia.

Entre muitos ficam sempre aqueles que nós tratamos como irmãos!

Márcia é o expoente máximo de dedicação: não pode sentir-me com saúde mais frágil, nem pode sentir-me triste! Tem de mim uma imagem, que porventura não serei merecedor tanto assim!

Há pouco tempo escreveu o seguinte:


"Já tenho a certeza de que ele traz no seu coração toda a alegria de viver. Isso é contagiante. Distribui afecto com uma facilidade ímpar. O admiro por sua bondade, generosidade e pelo carinho que me dispensa.
Não sou ninguém para fazer o que vou te dizer, mas o farei em nome da gratidão e do carinho da nossa amizade....
Deus te proteja, te abençoe e ilumine os seus passos, as suas palavras e os seus actos.

Márcia Oliveira."


Beijo com carinho
José Manuel Brazão

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Devaneio


Nas orquídeas respiro o tempo que traz o silêncio. Ceifo o destino de mágoa e semeio terras de doçura que nascem dos teus olhos. Por vezes provoco-te, incendeio-te os dedos fazendo-me de musa terna que chega em pedaços de brisa inquietante. A lua é perfeita tal como o poema que escreves e o sentimento que exploras, imperfeito é o abraço que te dou.
Convido-te para dançar, a música o murmúrio do meu corpo. Aceitas, agarras a distância e quase que me tocas. Os passos estão certos, o compasso responde ao ritmo de quem se quer. Nasce-me o sorriso de ver uma gaivota livre que voa para um horizonte com a pressa de quem ama. O peito, que quase rebenta em euforia, declama em gemidos de prazer o momento em que vê o espumar da onda.
O futuro encontra-se no vazio das minhas mãos. A Primavera e o Outono vêm sempre como cálices de vinho generoso que nos beija os lábios. Chamo-te para que te chegues ao meu corpo e te sirvas, descansando depois as palavras no meu ventre.

Vanda Paz

Metade - Um poema, um presente de Frederico Salvo


Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também

Ferreira Gullar

Um poema-presente pra você.

Frederico Salvo

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conta, Minas!


Quem caminhava por estas ladeiras e ruas
Passados tantos sóis e tantas luas?
Senhores, escravos, rebeldes e infantes,
Excêntricas carruagens, damas extravagantes?

O que se passava por detrás dos frontões das janelas,
Clausura do frescor das virgens, e das quase donzelas,
Além da obediência servil e do cansaço da lida
E o temor à Igreja, dona de tudo e dona da vida?

Os casarões, as calçadas, arvoredos, quintais,
Catedrais bordadas a ouro abrigando pardais.
Mandos, desmandos, governos gerais;
Não se fez alheia as Minas Gerais.

Ao sangue que assenta as pedras das ruas;
Ao negro que exangue as dores do povo, as dores suas.
Assenhorou-se de toda coragem e bravura,
Desenhou liberdade como o poeta, a gravura.

Hoje, esta tela tão bela, descortina a vitória,
Dos ideais de igualdade na nossa história.
(Que embora ainda em dorida expansão)
Fizeram nascer nossa pátria, povo e chão.

Terra que ensaia seu próprio futuro,
Ciente de ser ainda fruto imaturo,
Entona altiva, dia e noite, noite e dia:
“Liberdade, ainda que tardia”!

Márcia Oliveira*

*A gravura é uma reprodução feita pelo poeta
Frederico Salvo em papel comum e a grafite.
*

Pobre Poeta...!




Escreve
como se sonhasse,
se vivesse
num mundo de encanto,
de ternura e amor!

Escreve
para alimentar a alma
de quem o lê,
recebendo
gestos de amor!

Escreve poemas
para aliviar os dilemas;
os seus
e dos outros…

Se não escrever,
morrerá a alma do Poeta,
ficando apenas:
um homem,
uma vida
e um pobre Poeta
agonizante…

Apagam-se as luzes…!

José Manuel Brazão

* Aos Poetas para quando já não houver aplausos *

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Eu te amo


E assim numa simples hora
Um simples momento se tornou eterno

Tu paraste a vida lá fora
Eu repouso no teu amor sereno

Assim no meu acordar
Meu sonho cai no teu querer
O teu respirar ... eu quero em mim acolher

Eu te amo
De mansinho, eu quero ser a estrela
Uma mensagem escrita em ti
Atar a luz que nosso amor anela
Recolher a tua vida em mim.
Dar de nós a nossa cor
O nosso vibrar... que se chama Amor!

Fernanda Rocha

Butterfly


Butterfly
Que carrega nas asas
Seus dias
Suas noites
Seus amores
Suas dores
Suas sombras
Seu mundo
Seus sonhos
Seus medos
Seus anseios..desejos.
borboleta que chora por achar o fardo pesado demais
Mas sempre acreditando no que dizem
Que nos é dado aquilo que pudemos suportar
Me sinto assim
Uma pequena e frágil borboleta
Diante de tudo que carrego
E suporto
calada
Sozinha
Assustada.
Mas mesmo assim insisto voar
Tentando sempre levar adiante meu destino.
Vou com elas.
Duas.
Sempre duas
Sempre companheiras
Asas..
Não são elas os maiores convites a voar?
A pensar? A sonhar?
Se elas me foram dadas
É um desperdício não voar e arriscar.
Sou assim uma criatura alada das alturas
Uma doce criatura liberada.
Que se permite todos os dias
Mergulhar no precipício da imaginação
E sempre acreditando
Que por ser o que sou
Alcançarei os mais altos céus
Ouvindo sempre
A doce voz que tem meu coração.

Butterfly

terça-feira, 14 de abril de 2009

Salada de desejos


Sabe-me a boca
a ameixas maduras,
a bananas doces,
a mangas carnudas…

Amadurecem-me
as maçãs do rosto,
enquanto os seios
me crescem,
como melões ao sol.

Mesclam-se os aromas.
Extasiam-se os sabores.
Enlouquecem-se as cores.

Ah! Se tu soubesses
o sumo que brota do meu corpo…
… enquanto te espero…

Vanda Paz

domingo, 12 de abril de 2009

Eu e os Outros


Não serei uma das flores que costumo presentear os meus Colegas e Leitores, mas serei sim, a flor que foi crescendo, florindo amor, compaixão, tolerância e conquistando a simpatia de quem me honrou assim!

Não serei uma rosa: amarela, branca ou vermelha, mas apenas e só uma flor que Deus criou para ser melhor do que fui ontem.

Uma flor que se apresenta à sua imagem e semelhança!

Eu sou assim e gosto muito dessa flor a que deram o nome de Zé!

Beijos e Abraços aromados de Amor

José Manuel Brazão

sábado, 11 de abril de 2009

Páscoa 2009



José Manuel Brazão e toda a equipa de Autores

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dentro de mim


Nos meus desejos de sentir
Outro amor não tem lugar
De ti eu não quero fugir
Meu coração só, no teu se quer guardar

Um grito em mim sufoco
Para o Mundo não acordar
Recuso os sentires que toco
Só o teu toque eu quero amar

O teu duvidar dói
Por tanto te amar
O meu silencio não foi
Para de ti me afastar

A minha alma chora
Por tanto te querer
Dentro de mim mora
A vontade de te ter

Fernanda Rocha

Lágrima


Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por seres generosa,
uma pedra preciosa
a decorar o meu coração!

Quando penso
e penso em ti,
vem o sonho duma paixão,
sonhada, mas por viver!

Quando penso
e penso em ti,
vem a lágrima,
lágrima teimosa,
por ver
não estares ao pé de mim!

Apenas sonho
e vem a lágrima…

José Manuel Brazão

Hoje


Hoje resolvi viajar por estradas e caminhos desconhecidos… Sem destino…
Vesti-me de sentimentos leves carregando na mala palavras e emoções prontas para qualquer eventualidade… Pensei fazer dos campos e cidades o papel onde escrevo à minha passagem… Fiz do poema mais bonito um barco para atravessar oceanos… Hoje cobri os cabelos com um lenço e os olhos com uns óculos para evitar o Sol que me encandeia e me queima por pensar que és tu, perto de mim…Hoje peguei na alma e na solidão por companheiras fieis e segui… até encontrar o meu fim…

Hoje o meu fim foi encontrar-te aqui… fim feliz para hoje… amanhã vou tentar a mesma estrada para chegar ao mesmo fim… quem sabe te encontrarei…

VANDA PAZ

Sem título


Agradeço muito, mesmo muito à Vanda, à Marta e aos restantes Colegas serem o que são e o que representam para mim!
José Manuel Brazão


Sem título

Alvoreceu a manhã com chuva.
Sem rodeios. Sem pré-aviso.

Pérfida, estilhaça-me a brisa em que me sustento.
Adensa, depois, na inquietude da tarde.

Já com o crepúsculo desassossegado
meço a pluviosidade caída
inesperadamente
dentro do meu peito.

O pluviómetro canta então uma canção triste
cuja musa foram as lágrimas recolhidas..

Marta Vasil

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Um poema que me deixou a reflectir!


Quando acabamos um texto (poesia ou prosa) não vislumbramos como será a reacção de quem o lê e muito menos os resultados conquistados!

Assim sucedeu com o poema”Pombo com ternura e fome”. Foi escrito contando uma história real passada entre mim e um pombo da cidade “vivendo” ele pelo Terreiro Paço!

Publiquei-o em todos os sites em que tenho página de autor e nos meus Blogues. Mas no site “Cantinho da poesia” aconteceu um grande presente para um Autor! A compensação para o empenho que damos ao nosso trabalho! No Cantinho foi publicado em 25.Out.2007 e há meses está na coluna destaques dos mais lidos e na data de hoje já obteve 24.422 leituras!

Mas qual a razão?

Difícil de saber. Mas reflecti e penso que seja devido à ternura que o poema concentra tendo por origem os momentos de ternura vividos por mim com o pombo!

Eu trato os animais com o mesmo respeito e carinho, que cultivo com os humanos. Assim se define o meu carácter!

Encontramos neles os nossos amigos mais fiéis e eu tenho o exemplo concreto
disso através do meu gato “Johny” que já me fez passar por momentos muito bonitos e emotivos!

Pombo com ternura e fome

Apetecia
neste dia,
um passeio até ao Tejo
e pelo Terreiro do Paço
andei a pé.
Parei no terminal,
observando
aquela sala gigante.
Parando
junto de mim
um pombo habitante
daquela sala,
que debicava, debicava
e nada encontrava!
Chamei por gestos;
junto de mim parou.
Por largo tempo
não me deixou!
E olhando
aquele pombo habitante
de penas azuladas
e iris avermelhadas,
cheio de fome e ternura,
deixando
as minhas mãos dar-lhe mimos,
sem voar revoltado;
apenas um pombo esfomeado.
Fiquei agradecido
por este novo amigo.
Lembrei-me das crianças
que nas mesmas condições,
ainda têm forças
para nos lançar olhares de ternura
aguardando que nossos corações,
se lembrem
que elas existem.
No meu regresso
e tendo como despedida
olhares de ternura,
ainda me disse:
“Quando voltares
a esta sala gigante,
cá estarei
e ficarei junto a ti,
para descansares
e veres que ainda existo;
como pombo e amigo”.

José Manuel Brazão

Páscoa: 2009


José Manuel Brazão e Colaboradores do Blog

quarta-feira, 8 de abril de 2009

É urgente o amor


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mãe


Hoje, queria dar-te muita coisa...
Mas só te posso dar, o meu amor!
Tentei escolher e, escolher
Tenho uma falta de jeito
Que nem sei descrever.
Posso te dar uma flor?
És a mais linda flor, que me viu nascer!
Mas nem sei…se te vou dar este meu poema para ler?
Pois, o teu ar crítico faz-me estremecer
Aquele, que me deu mais força para crescer
E muitas…muitas vezes me acordou
Nos momentos em que parti, em voos a meditar
E voltei, num sorriso em que aprendi a acreditar
Seria fácil, falar das tuas mãos de fada para cozinhar
E da tua força de vida, sempre com amor para dar
Das minhas traquinices e a tua calma, para me levares
Até do teu jeito, de mandar
Pedir perdão!?
Por algum dia que não te consegui agradar.
Mas não…não me apetece!
Só quero me enroscar no teu colo
E no silêncio das minhas palavras, te abraçar...

Feliz aniversário mãe

Cristina Pinheiro (Mim)

Palavras ao vento



Palavras ao vento......

Quantas palavras foram ditas
Muitas frases de amor foram escritas

Inúmeros anseios em uma simples folha de papel
Belas palavras,que me levaram por muitas vezes a visitar o céu

Um poeta e uma poetisa
Deixando registrado no tempo,todo amor
Toda saudade,toda dor.

Poemas...
Poesias...
Pensamentos...
Sentimentos...

Lindas palavras...
Jogadas...

Atiradas ao vento....

Butterfly

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Simulacro


Em precipícios de enorme fragilidade
conjugo os dias em momentos verbais:
passado, presente e futuro.
Jangadas passadas de sonhos incumpridos
iates céleres de suspiros que hoje eclodem
constelações de medos pressentidos no amanhã.

Hoje, na galáxia dos meus desejos
os dedos cosem pensamentos uns aos outros
com linhas de incenso afrodisíaco.
E numa vertigem gulosa
crescem-me lágrimas de sorriso.

Invento então um tempo nulo de conjugações.
Desnudo-me das vestes da razão
simulo-me corsário destemido
e nesse mar onde vogam sonhos
assalto a chama rubra dos teus lábios.

Da vertigem desprendida do beijo roubado
serei lenha inflamada a arder
enquanto não conjugar o instante no passado

Marta Vasil.

domingo, 5 de abril de 2009

O poema que levarei comigo!


Este é o texto que marcou um momento importante da minha Vida e que levarei comigo!

Numa altura em que me encontrava muito cansado fisicamente e desiludido com comportamentos pouco adequados à minha forma de estar na Vida e com as pessoas, quis retirar-me deste “palco” da Net, mas a minha querida Amiga Vanda – somo almas gémeas nos sentimentos – telefonou-me e fez comigo uma conversa muito fraterna.

Mas eu tinha decidido retirar-me e até substituí a foto por rosas amarelas, um símbolo muito íntimo para mim!

Vanda não me disse o que faria, mas conhecendo-me como a palma das suas mãos e tendo nós uma afinidade sem dimensão, sabia que se fizesse o que fez, eu me renderia e capitularia perante ela e ficaria ao dispor de todos os Colegas!

Tocou-me nas emoções!

Uma das minhas fragilidades!

Entrei no Luso e deparo com o texto rico e maravilhoso ao estilo e entrega da Vanda.

Ela disse toda a verdade da nossa relação - já antiga – que prima por ser exemplar!

Devo-lhe todo acompanhamento que fez desde os meus princípios na Poesia, que eu experimentava com poemas muito “ingénuos” e ela sempre a incentivar-me!

Não há poema meu que ela não conheça e eu, igualmente, amo toda a sua poesia!

Cá continuamos de mãos dadas na Poesia e na Vida!

José Manuel Brazão


Ilusão sim.
Desilusão, definitivamente não!


Um dia
pediste-me um poema.
Tu sabes
que o poema que te dei
foi a minha amizade.
Não precisas de escrever todas as letras
para que te entenda.
Não necessito de falar a frase completa
para que me sintas.
Tenho-te num abraço sem fim.
Numa amizade duradoira e sincera.
Para quê pensar em desilusão
se tens o melhor dentro do coração?
Para quê desanimar
se tens o dom de amar?

Agarra-te à riqueza da vida que já viveste,
às magoas, porque não?
É sempre melhor que chegar ao fim e não sentir nada.

Enquanto estiveres aí, eu estou aqui…

Beijo desta amiga sincera

Vanda Paz

sábado, 4 de abril de 2009

Gonçalo L. Pinheiro e o seu livro "Não existes..."


Gonçalo Lobo Pinheiro (GLP, no Luso-Poemas), lançará o seu primeiro livro de poesia, será no próximo sábado, dia 4 de Abril (dia em que ele comemorará o seu 30º aniversário), no auditório sito no Campo Grande nº. 56 (ao lado da Unimed), em Lisboa, pelas 19 horas.
Muito sucesso Gonçalo

José Manuel Brazão



Voar é ser poeta
(dedicado ao poeta António MR Martins)

Ser poeta é poder voar.
Brincar com as palavras entre as nuvens.
Suspirar o ar por entre quimeras.
É libertar o nosso âmago.
Sentir forte os nossos medos.
As nossas alegrias, igualmente.

Ser poeta é poder voar.
Chilrear sonetos como quem lê partituras.
Sentir a brisa por entre as penas.
Soltar amarras de loucuras intensas.
Chorar prisões em gaiolas falsas.
Pendurar alegrias na mais alta estrela.

Ser poeta é poder voar.
Levar o pensamento para bem longe.
Criar pontes em novas culturas.
Dissimular existências a todo o momento.
Ser actor de nós mesmos.
Representar vivências, credos e lamentos.

Ser poeta, enfim, é poder voar.
Voar para voltarmos a ser nós.
Aqui ou no céu mais sagrado da terra.
No meu pensamento.
Vislumbro.
Acredito.
Voar é ser poeta!

Gonçalo Lobo Pinheiro

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ilha da Madeira


Recebes-me gentil
num abraço prateado de mar.

Choras e sorris entre a chuva e o sol.

O teu corpo esculpido e quente
celebra a vaidade de ser bela.

Teu perfume, um jardim.

O mar, a Ilha, a amizade e o brilho das estrelícias.

Vanda Paz

Os meus desejos


Ah..como desejo
Enlouquecida e ardentemente
Todos os dias
Seus beijos quentes
E sua pele em contato com a minha.

Suas grandes e fortes mãos me agarrando
Meu corpo desejando
Incansavelmente me amando
Me dizendo que voltou pra sempre
Que não consegue viver sem mim.

Sonho com nossos corpos quentes e suados
Colados um no outro
Num frenesi de desejos
Na loucura de uma grande paixão.

Sinto seu cheiro
Seu gosto, seu calor
Sinto que é amor
Que te quero.

Sonho com nosso encontro
Selados,unidos enfim
Com um forte abraço
Lágrimas de emoção
E um longo beijo acalmando meu ansioso coração.

Butterfly

Quando existem Poetas fãs deste modesto Poeta!

Você é o Mar
Eu sou a onda

Eu sou a onda
Você o recife

Sou a lua
Você o sol

Você é o remo
Eu a canoa

Você é o barco
Eu sou a proa

Eu sou a noite
Você é o sonho

E quando o dia amanhece
Voltamos a ser
Sol e lua!

Beijos carinhosos!
Rosa D Saron

quinta-feira, 2 de abril de 2009

És do meu céu


E porque o céu se reflecte
Nas águas deste rio,
Te acolho em mim e suspiro.
Podes sentir o meu querer.
Serás a eternidade e o azul
Do céu que se deixa espelhar.
És do meu céu!
Em ti, pássaros esvoaçam e vão.
Pairam loucuras na brisa que me seduz.
Vem céu, que cais sobre mim.
Envolve-me o corpo em ar fresco
E sopra ao meu ouvido palavras francas.
És do meu céu!
És, eu sei.
O que me apetece agora é subir às nuvens.
Contigo sei que posso.
Quero voar e querer sonhar.
Calo-me!
Agora, quero sonhar.
Quero mesmo.
És do meu céu,
Eu sei.

Gonçalo Pinheiro

Dons do meu desejo


Ainda que siga tentando me afastar
E ignore a força latente deste vulcão
O desejo envenena, insiste em arrebatar
Provoca em mim estranha compulsão

Se lutar contra a corrente é inútil
E tênue ramo me mantém na margem
Não quero esta ilusão, insana, fútil
Cultivo a aliança com a coragem

Sócia deste sonho, eu sou momentos
Digo não as vontades, sem rodeios
Mas se trazem fartura, suprimentos
Me permito compleição sem receios

Todo o néctar absorvo, e vou embora
Do meu indomado desejo sou senhora...

Glória Salles

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cantares


Quisera eu, fossem tuas mãos
A moldar-me o corpo do poema
Trilhando caminhos de solidão
Pela pele que suspira em fonema

Breve é a luz onde me deito
Escorrendo secretos desejos em flor
Travando-me nos lábios o beijo
Cantando versos ao meu amor

E pela embriaguez do aroma
Com a organoléptica em euforia
Analiso-te em frágil redoma
Traçando-te em discreta harmonia

Vanda Paz