Outros Blogs do meu grupo:


domingo, 30 de novembro de 2008

Respiro-te na palavra


Escorre o frio dos céus

Embrulho-me na mentira
Que me mantém quente

Respiro-te na palavra

Entrego-me às frases feitas
Velhas
Falsas
Mas que alimentam a alma

A vida esconde-se
Por detrás do silêncio

E eu
Alimento-me do oxigénio
Que sorvo do teu poema

Vanda Paz (Texto e imagem)

Necessidade vital


Diz que estou na sua veia, e sou soro vital
Dele quer se munir pra que aconteça a vida
Pra encurtar o caminho da distância abissal
Procura o som da voz, que cicatriza a ferida

Pra dizer que me ama, tece doces poemas
Faz brilhar em meus olhos, um raio de sonho
Nos versos diários narra todas as cenas
Ao ler antevejo o olhar brilhando, risonho

Conhece meus relevos, esquinas e vãos
O percurso das mãos que arrancam gemidos
Que inunda canteiros ascende os sentidos

Cada segundo é munido de muita paixão
E mesmo que o tempo seja nosso algoz
É mais que infinito esse pouco entre nós

Glória Salles (texto e imagem)

Ausência


Nesta tarde gélida,
sinto a tua ausência!

Sento-me
junto à lareira,
recordo o passado,
com fotos.
Cada uma tem
significado,
momento,
ou evento!

Por mais voltas
que dê ao passado,
não devo continuar;
sentindo a tua ausência!

Cresce a saudade
e a minha vida anoitece!

José Manuel Brazão

sábado, 29 de novembro de 2008

Hoje é urgente


Hoje é urgente
arremessar na noite palavras ao vento
rasgar a roupa que as asfixia
perfurar e apedrejar este fio de tempo.
Hoje é urgente
gritar letras e palavras adiadas
a envelhecerem ao meu lado
sem freio, pelas rugas já talhadas.
Hoje é urgente
deixar a caneta errar ao relento
pegar nas letras que gotejam
nesta voz matizada de cinzento.
Hoje é urgente
soltar palavras neste ar constelado
deixá-las partir à bolina
libertar este grito de gemido apertado.
Hoje é urgente
gritar palavras ao vento
e talvez a lua traduza este grito
e me devolva pela manhã
uma cerimónia de palavras em rebento.
Marta Vasil

Chuva e lágrimas


Ouço chuva,
muita chuva!
Vou até à janela
e vejo:
Salpicos de água,
que parecem lágrimas
escorrendo pela minha face.
Olho o horizonte
que meus olhos alcançam:
tudo me parece tristeza;
ninguém na rua.
Vêm ao meu pensamento,
os que não têm casa
e que andam por aí …
A mãe natureza,
enviou chuva,
para lavarem:
as suas mágoas,
as suas angústias,
as suas esperanças vãs.
Parou a chuva,
mas pela minha face,
vão escorrendo lágrimas …

José Manuel Brazão

Você sabe bem


Ter só pra mim teu carinho
Saber que são meus, teus beijos
Fazer do seu corpo , meu ninho
O alvo dos meus desejos...

E singrando a fantasia
Coração quente, brasa pura
Vem, te ensino o que é amar
Com toda a minha ternura

E desnudando a realidade
O meu olhar vai dizer
O que você não percebeu

Que o carinho é de verdade
Que pra você quero viver
E que meu colo é só teu...

Glória Salles (Texto e imagem)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Apenas por um véu...


Vi-te
e não acreditei!

Apelei
para me falares!
Apareceste
através das palavras!

Dissemos
um ao outro,
como caloroso
e carinhoso
é o nosso amor!

Dissemos adeus
separados
apenas por um véu…

José Manuel Brazão

O Miguel já apareceu!


Deu-me agora uma amiga a notícia de que o Miguel foi encontrado no Algarve.
Estava bem, mas ao que parece tinha mesmo desaparecido por livre iniciativa.
Antes isso do que outra coisa.
Mensagem recebida hoje às 16h. 45m.

Fico muito contente como pai e avô!
José Manuel Brazão

Amor sem recuo


Abraço-te com fervor.
contemplo-te e sinto
cada vez mais amor!

Meus braços
aconchegam o teu corpo,
minhas mãos
acarinham-te,
mimam-te!

Dos teus olhos
correm lágrimas,
que recolho-as
p’ra minha memória.

Teus lábios ficam trémulos,
sorrimos, beijamo-nos,
continuamos abraçados,
como se fossemos
donos do tempo, da vida.

Os teus olhos
continuam brilhantes,
vejo-me neles…

Nossos lábios
voltam a beijar-se,
com volúpia,
com amor,
com ternura,
com loucura,
sentindo-nos partir
até ao tecto do amor!

Este amor não pára,
com momentos belos,
momentos felizes,
que ninguém nos roubará!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Simplesmente


Sem versos
Sem rimas
Sem metáforas
Sem imagens

Sem poema

Simplesmente

Amo-te

Vanda Paz

Detrás dos óculos, tanta vida...


Ao meu pai.

Meu rosto é palco de todos os mundos...
Os lábios em batom cor de boca, esboça
um sorriso, ainda que triste...
Olhando-o através dos olhos daquela miúda
segura por tua mão...
Não consegue disfarçar a nudez desconcertante,
que da alma, traz outras versões.
Hoje seguro as tuas mãos, tentativa de trazer o ontem,
que estampa imagens que ao longe se movem,
soletram palavras quase inaudíveis,
como se escrevesse por linhas tortas.
Nos olhos uma subtileza que conheço bem,
mostrando-me novas versões de uma mesma verdade...
O exposto é o que menos incomoda.
A verdade dos olhos são os detalhes que leio.
Essa verdade sem códigos...
Da cadeira dessa varanda vê o mundo.
Teu olhar deixa minhas trilhas expostas, me traduz,
meu coração vira território aberto, pastos verdes,
e meus pesadelos abranda, emprestando a frágil luz.
Não deveria ser o contrário?
Mas o frágil coração sabe...
Que seu olhar é remédio preciso e forte,
para curar ausências.
E suas palavras, ainda que as vezes sussurradas,
promessas de fartas colheitas.
Seguro tuas mãos...
Sentindo a força de um cavalo zaino
cujo destino é vencer.
Neste momento tenho a certeza de que o futuro,
mora detrás destes óculos...

Glória Salles
25 Novembro 2008
Flórida PT

Sinto a tua voz



Sinto a tua voz
das palavras escritas,
com a nostalgia
da nossa saudade!

Cada dia
parece interminável,
ansiando por te ver,
por te sentir,
por te beijar!

Cada vez
o nosso amor
é mais forte
e mais sólido,
dando-nos
um amanhã
com momentos
de paz
e de harmonia!

José Manuel Brazão

Os meus silêncios


Existem em mim silêncios;
com um sinto-me bem,
com o outro lido mal.
O silêncio que me rodeia,
perturba-me:
pelo desapego,
pela indiferença
e quase
pela não existência.
Mas eu existo!
Enquanto não descobrirem:
quem sou,
porque sou
e para o que vim,
com este silêncio lidarei mal.
Conforto a minha existência
com o outro silêncio,
o silêncio interior!
Aí se juntam o amor e o coração,
havendo sintonia,
com outros seres de Luz,
que provocam em mim,
com persistência,
paz e harmonia.
Nem que seja por instantes,
alimenta-me a Alma;
ganho forças para continuar,
o meu Caminho,
este longo Caminho …

José Manuel Brazão

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quem viu o Miguel?


Assunto: O irmão adolescente de um ex-colega aqui da Conceito O2 desapareceu 21 Novembro

Boa Tarde,

Não sei se já são conhecedores do desaparecimento do Miguel, 19 anos, a tomar medicação e em muitos aspectos idênticos ao desaparecimento da Rita.

Sei, por experiência própia, que a divulgação não traz os resultados pretendidos, mas no minimo dá a conhecer uma realidade que é desconhecida de muita gente.

Peço-vos por solidariedade para ajudarem na busca do Miguel e que façam circular este e-mail pelo maior nr. de pessoas possivel e sobretudo que exerçam pressão para que as autoridades façam algo concreto.

Um Abraço
Luís Monteiro
Sunvilog
00351.22.715.16.30
00351.93.972.16.92

Existe um poeta jovem...


Existe um homem idoso,
pelo caminho percorrido,
cansado pela luta.
Por vezes divertido,
outras pesaroso.
Esperançoso
pelo dia de amanhã,
enfrentava teimoso,
o que a vida parecia negar.
Solitário nesta viagem,
procurava amizades
e sentia saudades,
dos fieis amigos.
Procuram-se!
Existem poucos,
mas o suficiente,
para a minha teimosia:
a Esperança!
Existe um poeta jovem,
que aprendeu
e continua a aprender
a vida sentida
e não pensada!
Escreve as palavras
com o poder da verdade;
com a cultura da vida.
Escreve as palavras
de coração aberto,
sendo mensageiro do alento
e do alimento da Alma.
Se conseguir:
não existe o homem idoso.
Continua a existir o poeta jovem.

José Manuel Brazão

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nos trilhos do tempo


Nesta hora muito triste para ti em que largaste tudo para estar junto do paciente teu querido Pai, o responsável do Blog e teu Amigo pessoal manifestando solidariedade contigo, Glória, nada mais se pode fazer do que publicar em homenagem às tuas raízes paternais e natais um poema que escreveste já aí, com a qualidade humana a que nos habituaste. Nós aqui em Lisboa e tu aí em Flórida, tornamos o distante em próximo.
José Manuel Brazão


Nos trilhos do tempo

Os velhos trilhos me esperam fieis.
Dúbios sentimentos esse lugar provoca.
Emoções inexatas, vagas...
Uma busca por mim.
Andando nos trilhos, dispersa.
Braços abertos...
Sensação boa de estar indo ao encontro
de possibilidades viáveis e futuros possíveis.
Beleza bucólica,
que me deixa embevecida
como se vislumbrasse os portões do Éden.
Aqui jamais sou figurante...
Faço parte desse mundo.
O silêncio grita o nome da “miúda”
de fita no cabelo, protegida na forte mão do pai.
E as lembranças de cenas disformes
querem espanar a poeira,
de um passado que sempre estará impregnado
na retina dos olhos...
Que hoje olha a cena
sentindo os efeitos do vento
nos cabelos já sem fita.
Brisa que arrepia como beijo na nuca...
Realidade estridente,
que faz o passado tanger o futuro...
E traz à consciência minhas verdades.
O céu tingido de laranja, a grama na sola dos pés.
Aqui será sempre minha casa...
A força sempre estará na mão do meu pai.
Aqui serei sempre menina...

Glória Salles
18 Novembro 2008
Flórida Pta

Sementes do Amanhã


Vou caminhando e tendo a noção que já fiz muitos quilómetros de Vida; vou parando e descansando. Nesse descanso, reflicto sobre toda a experiência vivida!

Uma luta muito forte para obter os resultados que pretendia. Tive muitas ajudas não visíveis e uma força interior que Deus me deu - pela minha Fé e Esperança – que me fez chegar aos dias de hoje.

Em determinado ano resolvi – com mais tempo disponível – estudar sem compromisso os princípios da Filosofia e da Psicologia.

Estudar um pouco este Mundo: os Homens e as Mulheres!

Aí aprofundei-me na área relacionada com o Amor ao próximo. A minha forma de estar na Vida alterou-se acentuadamente.

Passei a dar grande relevo à Paz, à Harmonia e ao Amor!

Resultou na minha Vida? Na vida familiar, não! Na vida com os outros, sim!

Eu tenho o meu destino traçado. O passado não se apaga, mas o presente e o futuro já consigo entender melhor!

Em 2002 descobri em mim que escrevia umas coisas de Poesia. Mostrei a alguns Amigos uns poemas “tímidos” e logo reagiram, dizendo-me que continuasse, porque tinha em mim esse dom.

Continuei e hoje em dia já perdi a conta aos textos escritos!

Tudo isto para quê!

Para vos dizer que nos últimos anos encontrei muitos MOMENTOS FELIZES como nunca tinha experimentado em toda a minha Vida, excepto e naturalmente, com o nascimento dos meus Filhos e dos meus Netos!

Dirijo este texto a todos vós ligados à Poesia, porque são a minha Família de grandes momentos inesquecíveis!

Comecemos aqui a lançar as sementes do amanhã para Aqui ou Além nunca mais nos esquecermos uns dos outros, com Paz, Harmonia e Amor!

José Manuel Brazão

Abraço


Dou passos,
olhando a calçada,
paro;
quem vejo ao longe?
A tua imagem,
aproximo-me mais,
mais depressa,
não é a tua imagem;
és tu!
Reconheces-me
e corremos um para o outro.
Abraçamo-nos muito,
tão longo!
Olhamo-nos,
fixas os meus olhos,
gostas da sua cor.
Não paramos de olhar,
vejo teus lábios mexerem,
para esboçar um sorriso,
sorriso lindo, lindo.
Não nos apetece sair dali,
não queremos desencontros,
mas estejamos onde estivermos,
existe um ponto de encontro,
a sintonia e o abraço.

José Manuel Brazão

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Convite


Minha alma sábia apela
Que, jovem pares no teu caminho
E olhes pela minha janela
O quanto estou sózinho!

Não é um convite á solidão
Quero dar-te, do que da vida aprendi
É um momento de reflexão
É um presente para ti!

Na tua sábia ilusão
Não quero ver-te cair
Vem, que quero dar-te a mão
Para que em velho, possas sorrir!

As minhas rugas, não classifiques
Como sinal de inutilidade
Por muitos estudos que pratiques
A enciclopédia da vida, não tem prazo de validade!

A minha sabedoria, te ofereço
Abre o teu coração
Por favor, eu, te peço
O teu jovem calor, na minha fria solidão!

Fernanda Rocha

Tu sabes como amar!


Ontem
quando te vi,
percebi
seres a mulher
dos meus sonhos!

Hoje
nada te peço,
mas és carinhosa
quando preciso,
confortas-me
quando sentes
as minhas palavras,
mais frágeis.
Lembras-te de mim
e dizes-me:
era bom estares aqui!

Amanhã
mais unidos seremos,
firmes caminharemos,
porque
tu sabes como amar!

José Manuel Brazão

domingo, 23 de novembro de 2008

Um dia (onde lançaste sementes)


É uma realidade,
o teu livro,
a tua família,
os teus amigos,
todos testemunhando,
a tua felicidade.

Hoje
não escorregues nas lágrimas,
porque são de alegria!

Este é um dia,
um grande dia,
para não esquecer,
ficará na memória,
dos que te amam,
no local próprio.

Em tempos,
um dia,
um dia (onde lançaste sementes),
que o tempo não apaga!

José Manuel Brazão

Rosas brancas


O meu jardim
já quase
não tem flores!

Duas rosas brancas
crescem para meu encanto.
Preocupo-me
com o seu crescimento,
dou-lhes amor
como alimento!

Fiz crescer
três rosas amarelas;
uma,
todos os dias
me acompanha
e abre
suas pétalas de amor,
sempre virada para o Céu!

As outras
não me acompanham
no seu tratamento!
Estão recolhidas,
entristecidas,
por vezes,
envergonhadas!

Rosas amarelas
que cuidei
e cuidarei!

Ando por aí,
visitando
e apreciando
os jardins dos outros!

José Manuel Brazão

sábado, 22 de novembro de 2008

Uma noite


De longe
vi o teu sonho
dormir
e acordar
em realidade!

O teu dom
fez um caminho,
sempre a subir,
subir a encosta da vida
e daí
olhaste ao redor,
recordando:
que de um pedaço de papel,
nasceram poemas,
muitos poemas,
de paixão e amor,
poemas da vida:
a Catarina e o Filipe,
imagens poéticas,
melodias,
um estilo único!

Hoje,
sorrimos confiantes
e lembramos a esperança
e o acreditar,
até chegar uma noite,
esta noite …

José Manuel Brazão

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Vanda Paz e a Poesia


Dentro de poucas horas a minha grande e querida Amiga Vanda (Vanda Paz) concretiza um sonho que algumas vezes me confidenciou.

Publicar um livro de poemas!

Dizia-lhe para ter esperança, porque o momento chegaria!

Tudo tem o seu momento!

E chegou! À distância comemoro este evento - após algumas palavras que já lhe dirigi por via tlm - como se ele também fosse meu!

A Vanda é uma grande escritora, uma grande Amiga, uma grande Senhora e uma grande Mãe!

Que se abram as portas do seu sucesso!

Beijos do teu Amigo Zé

José Manuel Brazão

VANDA PAZ - Apresentação do livro "Brisas do mar"




Lançamento oficial dia 23 de Novembro no Auditório do Museu do Vinho Bairrada em Anadia às 15horas. A apresentação será feita pelo Poeta António Paiva.

Tanto tempo!


Passou tanto tempo!
O que aconteceu?
Nada!
Ajudei-te?
Quis ajudar,
mas não resultou!
Tratei-te como uma flor,
como uma rosa:
vermelha ou amarela!
Queria ver a tua evolução,
tratei-te com todo o amor,
com o coração.
Ilusão ou desilusão?
Não sei responder!
Pensei
que estavas feliz,
mas o Sol não me ajudou.
Foste empalidecendo,
eu fui sofrendo…
Aqui estou triste,
angustiado,
desesperado,
por não haver um sol nascente,
que te ajude,
como eu gostava!
Passou tanto tempo:
ainda estou aqui!
Não como antes,
mas só:
falta-me a rosa,
que já não é como antes!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A mulher e a rosa



Olhando uma rosa,
vejo uma mulher!

Acariciando uma rosa,
acarinho uma mulher!

Tratando de uma rosa,
dou estimulo a uma mulher!

Admirando as pétalas de uma rosa,
dou pétalas de amor a uma mulher!

A mulher e a rosa
são a beleza
oferecidas pela Natureza!

José Manuel Brazão

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Se eu pudesse...


Se eu pudesse …
vestia o teu corpo
de rosas vermelhas!
Olhava-te,
seduzia-te …
ao meu redor,
exala do teu corpo,
o perfume de rosas.

Desse corpo
de incontida paixão,
tirei uma a uma,
cada rosa vermelha.

Teu corpo ficou belo,
muito belo …
sofri,
sofri muito...
perante o meu oásis!

José Manuel Brazão

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sonho


Sonho pela vida
que não tenho,
que procuro,
e que luto
neste silêncio
que me acompanha!

Sonho
com a família
dispersa, distante,
com a saudade constante,
de um homem
que disfarça ser feliz!
Que vive angustiado,
dando amor
aos que se lembram dele,
lhe aliviam a dor,
o acarinham, o admiram,
o amam,
fazendo esquecer,
as sombras da vida!

Sonho
com a felicidade,
que bate à porta
de cada um,
que um dia
encontrará
minha porta aberta,
para viver em paz
o resto do meu caminho!

José Manuel Brazão

Brava


Mulher atraente,
elegante,
que cativa
o meu olhar!

Mulher carente,
que se ilude;
pensa ser feliz!

Encanto-me
com seus impulsos:
Quer
mas não quer!

Se me afasto,
logo aparece:
não vás,
tenho medo,
mas preciso de ti
e tu precisas de mim!

Neste turbilhão
de hesitações,
beijam-se
nossos corações,
sorrimos
e ela diz-me:
sou mulher brava!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Palavras (coitadas delas)


Palavras
muitas palavras!

Coitadas delas
que são usadas
como belas
para atrair,
como ruins
para trair!

Coitadas delas,
que são usadas
como meras palavras,
quando o seu uso,
será para educar,
denunciar
e até libertar!

Palavras
muitas palavras!

Coitadas delas,
que são usadas
e abusadas,
por quem pensa
que é
o que não é!

José Manuel Brazão

Trago a tua dor dentro do meu peito


Trago a tua imagem
no meu horizonte,
negra,
triste.

Trago a tua voz
dentro de mim,
trémula,
silenciosa.

Trago a tua lágrima
nos meus olhos,
que cai,
como um pedaço de alma.

Mas é no peito que trago a tua dor,
porque é no meu peito que te guardo.

Vanda Paz ( Texto e Imagem )

Procuro-Te


Procuro-Te,
mas não Te Encontro.
Sinto-Te
junto a mim,
em cada instante,
mas não Te vejo!

Andas por aí,
ajudando
este e aquele.

Não me abandonas,
mas outros
precisarão mais que eu!

Aguardo a Tua Luz,
que me encaminhe
nesta encruzilhada da Vida!

Procuro-Te
e aguardo-Te…

José Manuel Brazão

domingo, 16 de novembro de 2008

Simples


Na procura do tanto
Ofuscamos o pouco
Quando nos pequenos nadas
Existe o tudo
Que o ser Humano
Procura como louco

Fernanda Rocha

Dia cinzento


Amanheceu!
Vejo a casa escura,
dou passos,
vou à janela,
olho para o rio,
tudo escuro,
dia cinzento!

Sinto
meu corpo frio,
fraco,
sem força interior!

Estará minha alma,
da cor do dia?

Sinto-me triste,
cinzento
como o dia!

Ando pela casa,
recordo o passado;
filhos brincando,
movimento.

Olho para o hoje,
que vejo:
um homem amado
por quem não o conhece,
por poucos amigos,
por um irmão
e pouco mais…

José Manuel Brazão

Solta-te Amor!


Vives amarrada
à tua vida,
com hesitações,
sem saber
o teu caminho…

Mulher apaixonada,
com amor,
muito amor,
que nas tuas vacilações,
já não sabes:
se é amizade, paixão
ou amor!

O teu coração
espera
que te encontres
e depois:
liberta-te;
solta-te Amor!

José Manuel Brazão

sábado, 15 de novembro de 2008

Amor crescente!


Pensar em ti
é voar por aí.
Libertar a tristeza
conquistar a alegria,
não me sentir só!

Pensar em ti
é sonhar
com a mulher cautelosa,
sensível, gentil,
generosa,
muito subtil!

Pensar em ti,
é amar
a mulher generosa,
por um amor crescente!

José Manuel Brazão

Como é bom!


Como é bom
saber
que me acordas,
me dás a tua bênção,
para um dia feliz!

Como é bom
saber
que à noite
não te deitas,
sem me enviar
os teus anjos
para uma noite feliz!

Como é bom!

José Manuel Brazão

A quimera desilusão


Estou novamente com o silêncio, o meu velho companheiro…

Existem palavras que podíamos ter dito ou vivido.
Tanto que poderia acontecido, mas nunca nos aconteceu…

(a minha presença em ti, eu sinto que já morreu)

Gestos, murmúrios, silêncios que pertenciam à imaginação poderiam ser nua realidade.
E no entanto, imensamente tanto, tanto ainda assim nos aconteceu, e o meu olhar em ti se quis e tanto se perdeu...
São ainda assim as memórias serenas, que a minha mente religiosamente resguarda, esconde do teu olhar, indiferente, que não sabe o quanto a indiferença me magoa e faz chorar...

As tuas desculpas são noites frias, são pétalas da minha paixão a morrer, no teu infinito onde nunca te encontrei, mas simplesmente me perdi...
O silêncio da tua boca entorna rosas...
Que de tanto as desfolhar, a esperança desfaleceu totalmente em mim...

Luisa Raposo

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Acordai para o Amor


Caminhamos,
distraídos
e indiferentes!

Que se passa?
Pessoas com fome,
barricadas na guerra,
guerra de interesses
e não de justiça,
pessoas carentes
da nossa mão,
da nossa fraternidade,
do nosso olhar,
do nosso amor.
Sim, Amor!

Acordai para o amor!


Onde param os Direitos Humanos?

José Manuel Brazão

Noites belas


A poesia
dá-me a dimensão
do carinho e da confiança
que os outros sentem
em minhas palavras
expressas
pelo pensamento
e pelo sentimento.

Todas as noites
desfilam perante mim,
quem me leu,
reflectiu e comentou!

E eu fico
no meu canto de inspiração,
sorrindo,
alimentando minha alma,
para melhorar,
para dignificar a poesia!

Após este tempo,
as minhas noites,
tornaram-se
noites belas…

José Manuel Brazão

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Os dois lados


Mastigo os pensamentos de modo a dilacerar a ideia de um dia me entender. Estou de braços presos ao momento em que me abraço e me reconheço. Talvez a vida que aqui vivo no meu escritório não seja a minha. Olho a secretária e lembro-me de ti, afinal é a minha vida, se não, não me recordaria dos teus olhos fechados de prazer. Lá fora o pássaro não pára de cantar, ele canta sempre, todos os dias, todas as horas. Quem sabe se o destino dele é cantar para mim? Fico contente que ele cante, mas aborreço-me porque ele canta sempre. Por vezes, estando eu triste, era dever dele ficar calado, sentindo assim comigo a minha tristeza. Com o canto do pássaro existe o cantar das máquinas, que enchem vinho, rotulam garrafas e não param, para minha alegria.
Eu estou bem no meio e é aqui neste pedacinho de chão que não me entendo. Se caio para o lado do pássaro, sonho e iludo-me com a vida. Se vou para o lado das máquinas tenho a realidade da vida a arranhar-me o corpo.

..........................................

Afinal, já entendi porque gosto de estar aqui, porque controlo os dois lados e ainda me lembro de ti.

Tália

Tu és minha ...


Somos
eternos amigos,
companheiros
e amantes!

Sinto-te
a qualquer hora,
em todos os instantes,
neste lindo amor,
como nunca tive!

Amor com desejo,
deixando
para outro momento,
o prazer…

Sentes
a confiança que precisas,
o conforto do meu olhar,
das minhas palavras!

Muito nos separa,
muito nos une,
mas
tu és minha!

José Manuel Brazão

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vida sonhada


Sonhas,
sonhas perdidamente,
a vida que querias,
mas não tens!
Olhas o passado
e recordas
as promessas da vida.
Olha em frente,
agarra a esperança,
com o coração,
com a convicção
de que o sonho
há-de ser realidade.
Um dia a Luz virá,
o teu sorriso lindo,
retornará;
e a vida sonhada,
será,
vida para amar …

José Manuel Brazão

Teu peito, meu porto


Queria te namorar ternamente
Nos meus cabelos cor de mel
Espalhados no seu travesseiro
Sentir esse beijo envolvente
Queria teu olhar dentro do meu
Ao me conhecer por dentro...
E de forma sedutora
Ver-me na retina do olhar teu
Queria teus gemidos roucos
Ao queimar-me a pele tua boca,
Tuas mãos a procurar os caminhos
Carinhos que me deixam louca
Queria ouvir meu nome sussurrado
Afirmando seguro, que sou tua
E diante do olhar apaixonado
Sentir o calor que me tatua...
Queria nossos cheiros misturados
Entre murmúrios, versos duma poesia
Perder a lucidez na tua boca
Não ter noção do que é noite ou dia...
Esquecer o mundo por um pouco
E no teu peito... Achar meu porto.

Glória Salles

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ser interessante


Desde sempre
te achei interessante.

A tua beleza
está na sedução,
na simpatia,
na serenidade,
no brilho do teu coração.

O meu
fica palpitante,
muito palpitante,
quando me dizes:
para me cuidar…

José Manuel Brazão

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Entre o querer ser ...


Entre o querer ser
e o não querer
existe a cordilheira
de traços contínuos
e descontínuos.
Salto ou desisto?
Continuo a viagem dentro de mim
ou simplesmente me quedo
no descontínuo da cordilheira.
Ultrapasso os limites
da minha existência real
e fujo para a minha existência irreal?
E assim
não sei se sei ser
o que sou
nos limites dos meus prazeres
na sombra do meu querer.

Marta Vasil

Doces palavras


Quando te leio,
tuas palavras
escorrem doçura!

Mulher bela
de sorriso natural,
ternura,
dás à tua beleza
o que vai na tua alma!

Olhas-me e serenas
apenas com o meu olhar!

É apenas o olhar,
porque meu coração
é um coração sofrido!

Ele aguenta tudo:
até dar amor aos outros
e eu tão carente dele!

Aguenta
com as doces palavras
de ti
e de muitos outros…

José Manuel Brazão

domingo, 9 de novembro de 2008

Ao encontro dos meus anjos na Terra e no Céu


Nesta passagem pela Vida já fiz um longo caminho acompanhado de convergências, divergências, alegrias e tristezas, sempre com a vontade de melhorar como alma, superando provações que me são propostas e aumentando o meu saber para que isso me proporcione: ajudar os outros!

Um dia ia nesse caminho muito belo da Natureza e senti-me acompanhado por um anjo do Céu. A minha mente sentiu quem era!

Pareceu-me que o caminho se percorria melhor. Fomos andando e ao longe avistei mais claridade, uma luz forte que só me permitia ver uns vultos vindo ao meu encontro, ficando logo com grande curiosidade e ansiedade!

Apressei-me e eles correram na minha direcção.

Ouvi vozes dizendo: avôôô!!! Paiii!!!

Eram os meus Netos Catarina e João Afonso e os meus Filhos Pedro e Paulo!
Corri para eles e abracei-os longamente. Chorei de alegria e de emoção.

Mas o meu quadro de anjos mão estava completo e olhando para o Infinito estendi meus braços, alonguei-os muito e abracei o anjo do Céu no seu descanso divino: o meu filho João!

Que consolo senti e que energias recebi!

Afinal o anjo do Céu que me acompanhava nesta etapa do meu caminho era o meu filho João!

Que maravilhoso encontro com os anjos…

Hoje e agora voltaria a percorrer o mesmo caminho…

José Manuel Brazão