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sábado, 15 de novembro de 2008

A quimera desilusão


Estou novamente com o silêncio, o meu velho companheiro…

Existem palavras que podíamos ter dito ou vivido.
Tanto que poderia acontecido, mas nunca nos aconteceu…

(a minha presença em ti, eu sinto que já morreu)

Gestos, murmúrios, silêncios que pertenciam à imaginação poderiam ser nua realidade.
E no entanto, imensamente tanto, tanto ainda assim nos aconteceu, e o meu olhar em ti se quis e tanto se perdeu...
São ainda assim as memórias serenas, que a minha mente religiosamente resguarda, esconde do teu olhar, indiferente, que não sabe o quanto a indiferença me magoa e faz chorar...

As tuas desculpas são noites frias, são pétalas da minha paixão a morrer, no teu infinito onde nunca te encontrei, mas simplesmente me perdi...
O silêncio da tua boca entorna rosas...
Que de tanto as desfolhar, a esperança desfaleceu totalmente em mim...

Luisa Raposo

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