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sábado, 31 de maio de 2008

Gaivota


Belíssimo!
Existem caminhos que jamais
se esquecem...

José Manuel Brazão




" Gaivota "

És gaivota do meu corpo
Que vem pela noite
E esvoaça atenta sobre mim
Ofereço-te o alimento
Na sétima onda da loucura
E em voo picado entras neste mar
Onde matas a saudade de quem te quer
Sempre nos repetimos
Enquanto houver mar
Enquanto não esqueceres o caminho.

Vanda Paz

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Assim mesmo



Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-la de egoísta, interesseira. Seja gentil assim mesmo.
Se você é vencedora, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo.
Se você é honesta e franca,as pessoas podem enganá-la. Seja honesta e franca assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo.


Madre Tereza de Calcutá

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Amor na minha mão


Trago sempre comigo,
o amor;
meu velho companheiro,
para todos os momentos:
ilusões e desilusões,
encontros e desencontros,
aos desprotegidos
e descriminados,
até
para os que não me amam,
no meu silêncio dou amor!
Trago sempre comigo,
Amor na minha mão!


José Manuel Brazão

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Amor, para onde me levas ...



Sigo
os caminhos da vida,
procuro
a tua imagem,
disperso
as minhas forças.



Sigo
o cheiro das tuas rosas
procuro
o teu sorriso,
disperso
a esperança.

Paro e penso:
amor, para onde me levas...?
Talvez para junto do mar ...!


José Manuel Brazão

terça-feira, 27 de maio de 2008

A poesia respira Natureza ...








“A preocupação olha em volta,
a tristeza olha para traz,

a FÉ olha para cima”





Texto e Imagem: Autor desconhecido

Título: José Manuel Brazão




segunda-feira, 26 de maio de 2008

Vanda - a Mãe; a Poeta


A Associação Portuguesa de Poetas lançou no passado dia 25 de Maio de 2008 "A Nossa Antologia" XIV Volume 2007/2008
Fica aqui a minha participação nessa bonita obra:

O valor das coisas

Ontem o meu filho sentiu uma vontade enorme de me oferecer algo, então apanhou uma pedra do chão a caminho de casa e ofereceu-ma… com tanto amor… e pediu-me para a guardar junto do meu coração… assim o fiz… juntei-a a outras duas que um dia me ofereceram, em silêncio, à beira mar…Ouro? Tenho algum guardado numa gaveta… nem sei bem em qual…

Breves Emoções

Oiço o cântico das estrelas,
a voz grave da Lua,
o som suavedo fechar dos teus olhos...
Oiço o sangue a correr-te nas veias.
A adrenalina que cresce
entre sorrisos sinceros de crianças
ávidas de palavras...
Oiço o que nenhuma boca
se atreve a dizer
o que nenhum som pode exprimir.
Oiço-te e sinto-te
como fonte que nasce nos meus olhos.

Vanda Paz

Crianças desaparecidas


Nove casos de rapto em Portugal, seis anteriores a 2007
A federação europeia de luta contra o desaparecimento de crianças Missing Children Europe revela que em Portugal foram relatados em 2007 nove casos de raptos por terceiros, sendo que apenas seis são anteriores a esse ano.

Os dados sobre Portugal apresentados pela Missing Child Europe foram fornecidos pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), uma das 21 organizações não-governamentais que integram a federação e integram o seu primeiro relatório anual, hoje apresentado em Bruxelas.
No Reino Unido foram apresentados 4.802 novos casos de crianças desaparecidas em 2007 e na Bélgica 2.928.
A Missing Child Europe estima ainda que 14 por cento das imagens de abusos sexuais comercializadas envolvem vítimas com menos de 10 anos.
A federação lembra que a Convenção do Conselho da Europa para a protecção das crianças contra abusos sexuais foi assinada por 18 dos 27 Estados-membros da UE, incluindo Portugal, mas nenhum ainda a ratificou.
A federação assinala ainda a criação do número de telefone europeu 116000 para a denúncia de casos de desaparecimentos de crianças, alertando para a necessidade de haver cooperação entre os países.
Segundo a Missing Child Europe, 76,2 por cento das crianças raptadas que são assassinadas morrem num intervalo até três horas após o desaparecimento, pelo que a rapidez da intervenção é considerada essencial.
Margarida Sousa Uva, mulher do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, é uma das administradoras da federação.
O relatório foi apresentado no âmbito da comemoração, no domingo passado, do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.

Lusa / SOL

sábado, 24 de maio de 2008

Quando a vida suspira




Espalho suspiros azuis
no espaço que me rodeia.
Abro o peito,

deixo voar em liberdade
a gaivota que nasceu dentro de mim.

Será ela a escolher se quer voltar,
o peito fica aberto…

Vejo-a voar e fico serena…

Agora colho os gritos brancos
que ela faz ao sobrevoar o mar,
os que caem dissolvem-se na espuma
que me beija os pés…

Existe um tempo para tudo
Agora, é tempo de me abraçar
com braços verdes esperança
e colher os frutos vermelhos
dos meus lábios, já maduros.

Vanda Paz

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Olha que não estás só ...



Durante muitos anos ficamos com a ideia que estamos muito acompanhados.
De facto, fisicamente, assim acontece. Mas com o tempo constata-se que são tudo aparências, criando a imagem que tudo vai bem!
Os dias tornam-se cinzentos sem a presença daquele Sol que desejamos, que nos conforta.
Há quem diga “a vida é bela”: são optimistas ou até conformados porque não conheceram (ainda) os obstáculos que ela nos apresenta, muitas vezes, surpreendentemente!
Acredito na vida, na minha vida, mas tenho consciência que não se contornam os tais obstáculos; temos de os superar!
Neste nosso caminho (a vida) encontramos muitos atalhos – os encontros e os desencontros – e ficamos inquietos qual será o atalho conveniente!
Por vezes, escolhemos aquele que nos parece o mais acessível. No entanto o indicado ficou para trás ou será mais adiante.
Já tive muitas interrogações (hesitações), porque não sou um homem de certezas, mas de convicções. Só que estas últimas não surgem – como seria desejável - na altura certa!
Na vida conhecemos pessoas que admiramos e outras que passamos a amar!
Com umas pessoas tenho obtido desilusões, mas em compensação com outras conquistámos uma fidelidade que só pode ser amor. Darmo-nos todo sem limites. Pessoas que ficam gravadas na nossa existência.
Quando a nossa idade avança, isso fica mais gravado, ousando dizer que inesquecido!
Há momentos que me sinto só (apemas um estado de alma)!
Aparece alguém que nos diz: “ Olha que não estás só ... “!
São os meus companheiros de verdade. Aqui renasce Amor ...!
José Manuel Brazão

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pensar que sou ...



Acordei
como um homem só!
Dou passos na casa;
vou até à janela:
admiro o Tejo!
Dou mais passos,
não encontro ideias!
Apenas a palavra “ só “.
Sento-me
e pego em poemas,
nos teus poemas!
Aconchego-os ao meu peito,
com amor;
o amor com que os leio...
Em cada um
sinto-me personagem!
Sonhos, ambições...
Por instantes
quis pensar que sou...
a personagem ...!
Apenas acordei
como um homem só!

José Manuel Brazão

domingo, 18 de maio de 2008

Não quero nada


Não quero nada....
Quero apenas o milagre esperado
Do meu pranto que cai
Há tanto tempo guardado!
Não quero nada...
Quero apenas ver
Teu sorriso florido

Quero apenas sentir
Teu abraço perdido!
Não quero nada...
Quero de ti cuidar
Quero sentir a esperança
Quero-te voltar a abraçar
Como quando eras criança!
Não quero ...
Ver-te naquela estrela brilhante!
Quero ...
Tua presença constante!
Não quero nada...
Não quero o sol
Não quero o mar
Só te quero a ti
Para não sufocar!

Fernanda Rocha

sábado, 17 de maio de 2008

Prof. Agostinho da Silva - Texto 2




Caros Amigos
Somos mais ou menos uns setenta os que decidimos, tendo contribuido com os tais quinhentos escudos para as despesas de porte, trazer-vos hoje a primeira da série de dez Folhinhas a que tendes direito, assim iniciando renovar aquele ideário do Povo Português cuja Festa no dia em que se celebrava o Espírito Santo, isto é da Plenitude de Deus ou da Revelação de como é divino o mundo, incluia, em Universo já sacralizado, a coroação de uma criança como Imperador ou Modelo Supremo, uma comida gratuita e a abertura, ou supressão da cadeia da terra.
Como os da Festa foram todos expulsos, para a Guiné ou para o Brasil, aí pelos séculos XV e XVI, pensámos que já era tempo de regresso e de contínuo afirmar que um dia será a vida gratuita, que teremos em toda a criança um candidato a modelo de vida e que não haverá mais ninguém metido nas prisões, externas ou internas.
Nada será de um dia para o outro, mas iremos à nossa tarefa com toda a calma, experimentando, poucos como somos, tornarmo-nos um tanto contagiosos e reaver o tesouro que se perdeu, mas de que ainda há lembrança nos Açores e muita prática no Brasil, com o nome de Culto do Divino.Aceitaremos que nos tratem de loucos, mas lhes asseguraremos que será sempre com todo juízo que realizaremos a loucura.
Doutras vezes vos diremos, com nossa reduzida força, como iniciar a supressão das cadeias, como poderemos guardar toda a vida a poesia com que nascemos, e saber como venerar, como adorar, e como cumprir o divino do Universo.
Devemos ainda dizer-vos que levamos connosco todos os que já anteriormente nos ajudaram a que sempre fizéssemos as coisas de modo a que a experiência fosse possível para todos.
Talvez de quando em quando vos exporemos outras idéias.Porque afinal tudo isto é; só uma tentativa de alicerce de império: Império de Servir.

Crescente do 4. de 93
Agostinho da Silva

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Prof. Agostinho da Silva - Texto 1


Meus Amigos
Devo dizer-vos, com toda a franqueza e sinceridade possíveis, que, ao contrário do que às vezes se julga, nunca pensei nada de completo, de coerente e de algum futuro, senão depois de ter reencontrado, por Jaime Cortesão e António Quadros, o chamado Culto Popular do Espírito Santo ou Culto do Divino.
O que, para mim, não exclui, e por isso empreguei o reencontrar, que tenha eu próprio andado no tal Século XIII, e marítimo de Algarve, pastor do Alentejo, ou já aburguesado no Porto, envolto com os outros na Festa do dia de Pentecostes em que sonhava o povo português sentir-se já num Paraíso a vir, e até um Paraíso mais seguro, porquanto sem tentações.
Ou então a celebrar o Culto noutros tempos mais próximos, e noutros lugares, porque houve Brasil, com os que fugiam de Portugal, e houve na América do Norte, com os emigrantes, o que me leva agora a desejar que tenha o Presidente Itamar, o tão de Minas Gerais, algum pensamento de lembrança, e por muito diferente que seja a linguagem, sejam fiéis ao mesmo anseio, os de uma Presidência Casada, Bill Clinton e ...ilária.
Ou que mais longe, pelo menos em espaço, quem sabe se na China de Deng Xaoping, se esteja avançando para a junção de duas faces, ambas visíveis e tocáveis, de um corpo perpetuamente misterioso, existente e inexistente, uma face de economia e uma face de teologia, místicas e talvez matematizáveis as duas, mas sempre com nítidos e gerais efeitos práticos.
Posto isto assim, e acreditando num Universo sacralizável ou de que se descobriria o Sagrado, na possibilidade de uma vida gratúita, numa defesa e desenvolvimento contínuos do Poeta que nasce com cada Criança e numa desejável inteira liberdade de cada ser, o melhor é não o andarmos pregando, mas o pormos em prática.
Como felizmente o posso fazer não ficarei com direitos de autor das Folhinhas, como não tenho ficado com os de outras publicações.São de todos os Amigos, as reproduzirão como queiram.
Os tais quinhentos escudos serão para o material e portes de quem as queira receber em casa.Sempre com muita pena de a correspondência ainda não ser gratúita. Mas, um dia, lá chegarão os CTT.
Lua Cheia de 8.3.93
Agostinho da Silva

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Frases - Mahatma Ghandi



“O desejo sincero e profundo do coração é sempre realizado; em minha própria vida tenho sempre verificado a certeza disto”. “Creio poder afirmar, sem arrogância e com a devida humildade, que a minha mensagem e os meus métodos são válidos, em sua essência, para todo o mundo”. “Acho que vai certo método através das minhas incoerências. Creio que há uma coerência que passa por todas as minhas incoerências assim como há na natureza uma unidade que permeia aparentes diversidades”. “As enfermidades são os resultados não só dos nossos actos como também dos nossos pensamentos”. “Satyagraha – a força do espírito – não depende do número; depende do grau de firmeza.” “Satyagraha e Ahimsa são como duas faces da mesma medalha, ou, melhor, como as duas faces de um pequeno disco de metal liso e sem incisões. Quem poderá dizer qual é a certa? A não-violência é o meio. A verdade, o fim. “A minha vida é um todo indivisível, e todos os meus actos convergem uns nos outros; e todos eles nascem do insaciável amor que tenho para com toda a humanidade.” “Uma coisa lançou profundas raízes em mim: a convicção de que a moral é o fundamento das coisa, e a verdade, substância de qualquer moral. A verdade, a substância de qualquer moral. A verdade tornou-se meu único objectivo. Ganhou importância a cada dia. E também a minha definição dela se foi constantemente ampliado." "Minha devoção à verdade empurrou-me para a política; e posso dizer, sem a mínima hesitação, e também com toda a humildade que não entendem nada de religião aqueles que afirmam que ela nada tem a ver com a política." "A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade." "O erro não se torna verdade por se fundir e multiplicar facilmente. Do mesmo modo a verdade não se torna erro pelo fato de ninguém a ver." "O amor é a força mais abstracta, e também mais potente, que há no mundo." "O amor e a verdade estão tão unidos entre si que é praticamente impossível separá-los. São como duas faces da mesma medalha." "A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte." "Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome." "Vocês podem me acorrentar, torturar e até destruir meu corpo, mas nunca aprisionarão minha mente." " olho por olho deixará todo mundo cego."

Mahatma Ghandi

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Morde-me o silêncio


morde-me o silêncio
as palavras dão nós
que me amarram à ilusão
de um dia seres feliz
deixo-te descansar
no meu corpo frio
de tanto medo
nos meus braços caídos
já sem esperança
o teu sorriso
é o motor do meu coração
o teu abraço
a voz da minha alma
espero, que um dia, essa ferida
te abandone sem avisar
morde-me o silêncio
pelos gritos que calo dentro de mim
Vanda Paz

O quadro



Pedi uma cor ao tempo
De azul me vestiu
Calçou-me de velocidade do vento
Deu-me um lápis mágico...e partiu.
Retifiquei o passado
Anulei o presente
Pintei o futuro
De verde florescente ...
Voei ao quadro ao quadro da morte
Tornei-o incolor
Desenhei-lhe um sorriso
Arranquei, de mim ...a dor!
Pintei uma mulher grávida

Que uma criança á luz deu...
A criança eras tu
A mulher era eu!...
Pintei um novo quadro
O amor desenhei
Contigo já, ao meu lado
Viver , eu desejei...
Pintámos o preto de branco
Pintámos o branco de esperança
Pintámos o Mundo inteiro
Com um sorriso de criança!
A felicidade foi-te dada

Fernanda Rocha

terça-feira, 13 de maio de 2008

Quanto de ti, Amor...


Quanto de ti, amor, me possuiu no abraço
em que de penetrar-te me senti perdido
no ter-te para sempre -
Quanto de ter-te me possui em tudo
o que eu deseje ou veja não pensando em ti
no abraço a que me entrego -
Quanto de entrega é como um rosto aberto,
sem olhos e sem boca, só expressão dorida
de quem é como a morte -
Quanto de morte recebi de ti,
na pura perda de possuir-te em vão
de amor que nos traiu -
Quanta traição existe em possuir-se a gente
sem conhecer que o corpo não conhece
mais que o sentir-se noutro -
Quanto sentir-te e me sentires não foi
senão o encontro eterno que nenhuma imagem
jamais separará -
Quanto de separados viveremos noutros
esse momento que nos mata para
quem não nos seja e só -
Quanto de solidão é este estar-se em tudo
como na auséncia indestrutível que
nos faz ser um no outro -
Quanto de ser-se ou se não ser o outro
é para sempre a única certeza
que nos confina em vida -
Quanto de vida consumimos pura
no horror e na miséria de, possuindo, sermos
a terra que outros pisam -
Oh meu amor, de ti, por ti, e para ti,
recebo gratamente como se recebe
não a morte ou a vida, mas a descoberta
de nada haver onde um de nós não esteja.

Jorge de Sena - in Visão Perpétua (1967)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Visto-te ...



Visto-te
de rosas vermelhas
para sentires o seu aroma,
o nosso perfume!
Visto-te
de rosas vermelhas
quando digas:
“precisava tanto”...
Visto-te
de rosas vermelhas
quando uses “Para ti”.
Visto-te
de rosas vermelhas
quando pensares
na minha voz,
nas minhas palavras...
Visto-te
de rosas vermelhas
quando não me vires,
mas pressentires.
Visto-te
de rosas vermelhas
enquanto houver amor!

José Manuel Brazão

domingo, 11 de maio de 2008

Emoções


Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Amigos eu ganhei
Saudades eu senti, partindo.
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar, sorrindo
Sei tudo que o amor
É capaz de me dar
Eu sei já sofri
Mas não deixo de amar
Se chorei
Ou se sofri
O importante
É que emoções eu vivi
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui
Mas eu estou aqui
Vivendo esse momento lindo
De frente pra você
E as emoções se repetindo
Em paz com a vida
E o que ela me traz
Na fé que me faz
Optimista demais
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi
Se chorei
Ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi .
Roberto Carlos/Erasmo Carlos

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sonhar acordado



Sonho,
sonho muito..
mas acordado!
Vejo as pessoas,
observo-as,
falo com elas:
gosto (quase) de todas!
Passa o tempo,
vamos encontrando
aqui e ali,
ilusões e desilusões,
amizades
e infidelidades,
amores e rancores.
Não me revejo
neste mundo!
Resta-me o das crianças:
o novo mundo!
E agora?
Só sonho, dormindo...

José Manuel Brazão

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O sangue das palavras


poeta que nasce é uma criança
parida pela água torturada
uma nave que surge uma nuvem que dança
ao mesmo tempo livre e condensada.
O poeta que nasce é a matança
da palavra demente e enjeitada
que o chicote do poema torna mansa
depois de possuída e mal amada.
Quando o poeta nasce a madrugada
aperta os versos num abraço rouco
até que a noite fique esvaziada.
E enquanto das palavras pouco a pouco
surge a forma perfeita ou agitada
no mundo morre um deus ou nasce um louco.
(...)
Versos? Paguei-os. Alegria e raiva.
As palavras por vezes impotentes
outras vezes escorrendo sangue e seiva
ao morderem a vida com os dentes.
Poesia que és uns dias minha noiva
com seios de palavras complacentes.
Poesia que outras vezes grita e uiva
fêmea capaz de fecundar sementes.
Poesia minha amiga minha irmã
mulher da minha vida que inventei
para fazermos filhos amanhã.
Poesia minha força e meu castigo
meu incesto tão puro que nem sei
se é verdade que faço amor contigo.

Ary dos Santos - O Sangue das Palavras. Lisboa, 1979.

Eu sou


A chuva e o vento
A minha lingua, hoje, falam...
A chuva cansada, sem alento....
Os poderes do vento ... as montanhas abalam!
Na minha janela
Bate a chuva devagarinho
Coragem ... à minha alma apela...
Abri-lhe a janela... beijou-me com carinho
O vento soprou forte, e a chuva expulsou...
Todas as janelas,ruidosamente partiu...
Com uma força brutal me tomou...
De ficar triste me impediu!...
Eu sou a chuva e o vento
A chuva, quando me domina... a dor
O vento, quando no desespero, tento...
Ao negro ... dar cor!

Fernanda Rocha

terça-feira, 6 de maio de 2008

RUI PEDRO e FAMILIA: Estou convosco, estamos convosco


Enquanto eu garantir a existência do blog " No caminho das emoções " nunca deixarei de acompanhar o denominado " Procura de Rui Pedro ". Vejo esta família em sofrimento e decadência crescentes e muitos blogs, muita comunicação social e gente anónima não desistirão, certamente, deste assunto.
Como cidadão não me conformo e como pai e avô não me resigno!
Neste blog foram publicados textos alusivos a este caso.

Voltarei a mencionar dados úteis:

Nome Completo: Rui Pedro Teixeira Mendonça.
- Idade: 11 anos (na data do desaparecimento).
- Local de Nascimento: Vila de Lousada (Porto).
- Data de Nascimento: 28.01.1987.
- Sexo: Masculino.
- Cor dos Olhos: Castanho.
- Cor do Cabelo: Castanho.
- Morada: Lousada - Portugal.
- Desapareceu: dia 04.03.1998 às 14h00 horas locais.
- Lugar: Lousada (Portugal), perto do domicílio familiar
.

webmaster@ruipedro.net

Muita LUZ e Esperança

José Manuel Brazão

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Recomeçar


Recomeça ...
Se puderes,
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
do futuro,
Dá-os em liberdade
Enquanto não alcances,
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

Miguel Torga

Porque






Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner

sábado, 3 de maio de 2008

Mãe



Encontrei este poema muito bonito,
escrito por Cora Coralina e achei que ficaria melhor neste espaço do que as minhas humildes e emocionais palavras.
Para ti Mãe Ivone e todas as Mães, Muita Luz!

José Manuel Brazão



" Mãe "

Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe.
Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.

Cora Coralina - publicou no site: http://www.orizamartins.com/poesias-cora-mae.html



sexta-feira, 2 de maio de 2008

A vazia sandália de S. Francisco



A gratidão da macieira e a amnésia do gato
nunca pautaram o curso dos meus dias.
Fiquem onde estão!
Foi a minha ordem para a macieira e para o gato,
anda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os(e salvei-me!)de uma fábula
cuja moral necessariamente devia ser eu,o parlante
amigo de macieiras e conhecidos de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos
em dois reinos da natureza.
Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale.
Está a correr para cá.
São os meus semelhantes.
Com eles vou desentender-me(mais que certo!),
mas a ideia que deles faço
é ainda um laço.
Repousem em paz as macieiras e os gatos.
Alexandre O'Neill

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Amar por amar




Amar como amam as flores
que perfumam as pradarias
como ama a ave nos bosques
e no céu as estrelas.
Nada reclamam as rosas
quando nos brindam essências,
e o íris das suas cores,
e a sua radiante beleza.
Nada reclamam as aves
que nos dão as suas melodias
desde o lumbroso arvoredo
que dá sombra às colinas.
E as estrelas nos brindam
com amor os seus resplendores
como se fossem no céu
palpitantes corações.
E a fonte a frescura
da sua linfa cristalina.
E os montes gigantescos
a alta neve do seu cimo.
Só o homem pede sempre
recompensa pelo seu amor
e ambulante vai na vida
procurando compensações.
Amar por amar é água
que não conhecem os homens.
Amar por amar é água
que só bebem os deuses.

BOHINDRA:Poeta anterior à Era Cristã