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sábado, 17 de maio de 2008

Prof. Agostinho da Silva - Texto 2




Caros Amigos
Somos mais ou menos uns setenta os que decidimos, tendo contribuido com os tais quinhentos escudos para as despesas de porte, trazer-vos hoje a primeira da série de dez Folhinhas a que tendes direito, assim iniciando renovar aquele ideário do Povo Português cuja Festa no dia em que se celebrava o Espírito Santo, isto é da Plenitude de Deus ou da Revelação de como é divino o mundo, incluia, em Universo já sacralizado, a coroação de uma criança como Imperador ou Modelo Supremo, uma comida gratuita e a abertura, ou supressão da cadeia da terra.
Como os da Festa foram todos expulsos, para a Guiné ou para o Brasil, aí pelos séculos XV e XVI, pensámos que já era tempo de regresso e de contínuo afirmar que um dia será a vida gratuita, que teremos em toda a criança um candidato a modelo de vida e que não haverá mais ninguém metido nas prisões, externas ou internas.
Nada será de um dia para o outro, mas iremos à nossa tarefa com toda a calma, experimentando, poucos como somos, tornarmo-nos um tanto contagiosos e reaver o tesouro que se perdeu, mas de que ainda há lembrança nos Açores e muita prática no Brasil, com o nome de Culto do Divino.Aceitaremos que nos tratem de loucos, mas lhes asseguraremos que será sempre com todo juízo que realizaremos a loucura.
Doutras vezes vos diremos, com nossa reduzida força, como iniciar a supressão das cadeias, como poderemos guardar toda a vida a poesia com que nascemos, e saber como venerar, como adorar, e como cumprir o divino do Universo.
Devemos ainda dizer-vos que levamos connosco todos os que já anteriormente nos ajudaram a que sempre fizéssemos as coisas de modo a que a experiência fosse possível para todos.
Talvez de quando em quando vos exporemos outras idéias.Porque afinal tudo isto é; só uma tentativa de alicerce de império: Império de Servir.

Crescente do 4. de 93
Agostinho da Silva

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