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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Noites belas...


A poesia
dá-me a dimensão
do carinho e da confiança
que os outros sentem
em minhas palavras
expressas
pelo pensamento
e pelo sentimento.

Todas as noites
desfilam perante mim,
quem me leu,
reflectiu e comentou!

E eu fico
no meu canto de inspiração,
sorrindo,
alimentando minha alma,
para melhorar,
para dignificar a poesia!

Após este tempo,
as minhas noites,
tornaram-se
noites belas…

José Manuel Brazão

Não digas nada


Às vezes
Não é preciso dizer nada
Basta a humidade do olhar
O toque das tuas mãos
Em segredo silencioso
E quente
Talvez
Quando nascer a palavra
Já não precisará de ser dita
Talvez
Quando adormecer o sentimento
Ela fará todo o sentido
Não digas nada
Encosta os teus lábios aos meus
E pensa baixinho
O que não precisas dizer.

Vanda Paz

António Paiva - 70 Poemas por um sorriso


O meu amigo e escritor António Paiva mostra, mais uma vez, a sensibilidade para os problemas das crianças e jovens do nosso país lançando um livro em que a totalidade da receita reverte a favor da APPCDM de Setúbal. Um projecto que foi por ele proposto a várias pessoas e entidades que, desde logo, aderiram com vontade e orgulho. A capa tem por base uma pintura a óleo sobre tela feita propositadamente para o efeito pela pintora Helena Paz, amiga do autor e minha mãe. Tendo as empresas Lusis, Lda as Edições REDITEP, Lda e a Linkprint Gráfica, Lda dado corpo ao livro e contribuído, também, para que este projecto se realizasse.

É com muito orgulho que estarei presente no dia 3 de Outubro para que possa sentir os sorrisos dos meninos e jovens da APPCDM de Setúbal.

Espero encontrar-vos por lá

Abraço

Vanda Paz

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ser Poeta


Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Amar-te-ei sempre!


Um amor assim,
vivido
e alimentado por mim,

de quem ama com alma!

Um amor
no tempo em silêncio,
na memória do tempo,
com lágrimas
guardadas na alma
e outras
escondidas na sombra da Lua!

No resto do meu caminho,
até final desta vivência,
amar-te-ei para sempre!

José Manuel Brazão

Ando triste!


Uns dias
pareço um Sol,
noutros dias
pareço uma escuridão!

Não sei
como estou assim,
eu, que sou um girassol,
procurando a Luz
e que dou amor sem fim!

A vida é bela,
agarro-me a ela
para não ficar assim:
ando triste
e o amor também!

José Manuel Brazão

Às vezes


Às vezes
te encontro só,
mesmo que acompanhada...
nostálgica,
pensativa,
desenquadrada,
sem fulgor.

Às vezes
a penumbra
nos invade...
numa força superior
a um desejo,
que se não pode prever
ou antever,
sem rigor.

Às vezes
desmarco-me
das simulações,
destas situações
e fomento ilusões...
infundamentadas,
porque ultrapassadas
e consumadas.

Às vezes
és tão diferente...
eu paciente,
tu intolerante...
ofuscando o passado,
persistentemente,
e julgando o presente...
irrelevante.

Às vezes
eu
também pareço
não o ser!...

António MR Martins

in "Ser Poeta" (2009), edições Temas Originais

domingo, 27 de setembro de 2009

Amo-te


Nas Primaveras do teu sorriso
Balanço-me sem medo do tempo
Não existem ponteiros no meu peito
Só o bater de um coração
Que chama por ti, sem pressas

Espero, paciente
Que me dispas o silêncio
E que te entregues
Aos murmúrios do meu corpo,
Ferida aberta de paixão
Que afago suavemente
Com a palma da minha mão

A vindima é perfeita
Quando colho o brilho do teu olhar
Fruto maduro e cuidado
Que eu deixo, em mim, fermentar
Embriagando o desejo, sufocando a saudade
Para que possa sorrir sem deixar de sonhar

Em breve, provaremos o vinho novo.

Vanda Paz

Prisioneira do amor


És o meu pajem
Sou tua amante
Em todas as horas do dia
Afluentes gestos
Calados no silêncio
Amarras de cetim
No potente olhar

Aprisionas-me a vida
Acorrentada na paixão
Que devoras na minha
Submissa existência

Sou escrava
Dos teus desejos
Alimentada pelos
Beijos suados

No tronco de costas
Deitada sem sombras
Vertigens loucas
No tecto deste destino

…Por isso em clamor suplício
Em ávidos gemidos
Encostada no teu peito...

O meu amor não tem alforria.

Ana Coelho

sábado, 26 de setembro de 2009

Quatro verbos para um dia


Levanta-se esporeada
com o cheiro ácido dos lençóis

Navega no silêncio duro
em águas de suor

Rema vadia
com remos apodrecidos pelo sal

E de asas quebradas
espreme da memória
o cheiro doce
antes aceso nos lençóis

Marta Vasil

Marta
O teu Amigo Zé saúda o teu regresso
!

Amor perdido


Perdidos na noite
Lembrando todos os momentos
Lembrando cada beijo
Lembrando cada toque
Lembrando cada palavra
Lembrando cada troca de olhares.

Parecemos duas crianças
Vigiadas por todos.
Para seguir este amor,
É preciso desaparecer
Sem deixar rasto,
Sem deixar odor.

Escondidos por trás
Daquelas paredes.
Paredes que escondem,
Aquela nossa paixão.

Se as paredes falassem...
Tudo estaria perdido,
Tudo seria em vão!

Caty

A caixa fechou no silêncio...



O palco escureceu
no sereno bailado dos cisnes,
ao enlaçar num rodopiar de corpos
sobre um lago parado,
num reflexo de amor.
...Nas sapatinhas os certeiros passos,
enternecem os gelos...
num descer de corpos desdobrado.

Num lago fundo,
procurando ressurgir
em céu despido, só de duas cores
Azul celeste no branco dos astros e das flores
Bailando ao lacrimejar num tilintar de cristais
de quem não sofre mais.

Assim como quem findou de amores.
Numa caixa de música a bailarina parou
e a caixa fechou no silêncio
nessa noite em que amainou
o quadro do tempo.

Em seu redor
esvoaçaram as folhas
no vento…

Cristina Pinheiro

Coração de felicidade



Tenho nos olhos a cor do fogo
nas mãos o calor da lareira
na mente as promessas
que nunca tive...
no coração a felicidade
que me ofertas com a tua vida.

Derrete o frio dos dias
as danças contigo partilhadas
ao som do violino que ri
nas madrugadas frias,
nos lençóis sinto o amor
deitado ao meu lado.
a cabeça no teu peito
o sono leve vem adormecer-me.

Ana Coelho

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nunca desista do Amor


Quando a gente ama alguém, sofre, pois não existe uma felicidade ilimitada e completa, sem uma pitada de tristeza um dia ou outro. Há momentos em que esse sentimento pode ser tão profundo que perdemos a razão e acreditamos intimamente que de alguma forma, o mundo para por ali. Mas vem o dia seguinte... as dores passam tanto quanto os momentos de felicidade. Perdemos o medo. Entregamos-nos novamente. Quem desiste de amar novamente só porque um dia sofreu por amor e se desiludiu, nao sabe a riqueza que esta perdendo. Nunca desista do amor, mesmo se o amor parecer desistir de você!

Rosangela Colares

No fim do túnel


Essa mola
Que é da vida
Estreita-se violentamente

Paradoxo
Do percorrer
Sem contratempos

O enigma
Está prestes
A descobrir-se

O impacto
Desconhecido
Será concludente

As dúvidas
Se dissipam
Sem justificações

Se amontoam
Corrosivamente
As sensações

Já se desvanecem
Por omissão
Respostas a provocações

O final
Terminal
Realizou-se

António MR Martins
..................................................

Dedicado a um amigo que hoje partiu...
Haverá o reencontro, penso!...
Até lá!..................................................

Um Amigo que partiu...


Um amigo que partiu
É um pássaro livre
Na beira de um rio
É um anjo que nos vê
E chora com a gente
Nos abraça no frio
Um amigo que se viu
Soa na alma das nossas gargalhadas
De um amigo que se sentiu
Soa na memória marcada
Levada na proa da nossa risada
Não nos esquece e, por nós espera
Sem presa na era…
Na paz gerada
Na luz em que seguiu…

Cristina Pinheiro

*Poema dedicado pela Cristina ao nosso amigo António MR Martins pela partida do seu Amigo Sílvio*

Amor além da Vida!




Um homem
Uma mulher
Unidos por um mesmo querer
Por uma mesma vontade
Vontade de amar intensamente
Amar de verdade


Duas vidas distintas
Dois caminhos diferentes
Que unidos foram pelo destino
Que se apaixonaram loucamente


Um amor incomum
Que vence qualquer distância
Amor de alma
Amor distante

Amor grande
Gigante
Que cresce a cada instante

Ambos desejam amar
Se entregar completamente
Matar a vontade
Tirar do peito a agonia
Arrancar do peito a saudade
Saudades que sentem
Saudade sofrida

Um homem
Uma mulher
Sentindo
Vivendo
Um amor além da vida

Nanda Salles

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O meu pedido


Um dia pediste-me um poema.

Tu sabes que o poema que te dei foi a minha amizade.

Não precisas de escrever todas as letras para que te entenda. Não necessito de falar a frase completa para que me sintas.


Tenho-te num abraço sem fim. Numa amizade duradoira e sincera.

Para quê pensar em desilusão se tens o melhor dentro do coração? Para quê desanimar se tens o dom de amar? Agarra-te à riqueza da vida que já viveste, às magoas, porque não?

É sempre melhor que chegar ao fim e não sentir nada.

Enquanto estiveres aí, eu estou aqui…

Beijo desta amiga sincera
Vanda Paz

Um dia o meu pedido concretizou-se e Vanda soube escolher o tempo e o modo!
Emocionado e comovido coloquei-o na barra lateral deste Blog como uma Luz e agradeci com um simples poema, mas a verdade que nos une!


A amizade, um poema!

A amizade,
é uma palavra
que nasceu com Luz,
para iluminar
os que acreditam
e a praticam!

A amizade
é uma palavra
para ser entendida
nos gestos,
nos sentimentos!

A amizade
é uma palavra
para ser vivida
com nobreza!

A amizade
reflecte beleza,
vestindo um poema!

José Manuel Brazão

O meu primeiro poema



Ontem publiquei 900º texto de Poetas residentes, consagrados e convidados!
Nesta arrancada para o milésimo texto, Vanda Paz poeta residente principal desde a primeira hora deste Blog, sempre me acompanhou e disponibilizando muitos e muitos textos (Poemas e Prosas) que enriqueceu e prestigiou "No caminho das emoções" conhecido em muitos paises e de que me orgulho perante esta vasta equipa de Autores!

Donde, que neste arranque para o milésimo texto nada melhor do que voltar a publicar o primeiro poema de Vanda Paz, que o criou ainda adolescente no ano de 1984!

Ela e eu guardamo-lo como uma jóia!

Agradeço a todos os Colegas que passaram e passarão por aqui e a ti Vanda com toda a admiração e gratidão para a minha princesa da Poesia!

Sucessos poéticos e pessoais
José Manuel Brazão


O meu primeiro poema

O que é um papel branco
Sem ter nada escrito?
É um papel ou uma folha
Pintada de branco.
É talvez a amargura
De não saber escrever.
Ou talvez a tristeza
De não ter ninguém
Para escrever.
Pode também ser a alegria
De uma criança...
De poder escrever
Aquilo que vai na sua imaginação.
Um papel branco
Sem ter nada escrito
Poderá ser a descoberta
De um grande pintor
Ou de um grande escritor.
Um papel branco
Sem ter nada escrito
Era esta folha...
Antes de ter começado
A escrever.

Vanda Paz
11-05-1984

terça-feira, 22 de setembro de 2009

É urgente o amor (900º texto deste Blog)


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade

Do lado de fora da alcova



A gravura inspira em seu traço arrojado
Lembranças, paixões, quem sabe um fado
Mas fado é amor, é fascínio, é feitiço
Doces amores de alcova. É isso!

Que seja então um fado em degredo
E exale o som dos desejos sem medo
Por que ouço esse fado olhando a gravura?
Não sei... não sei, talvez travessura!

Vem de Coimbra aventurar-se assim
A enlevar toda alma tupiniquim
É um samba-canção no papel desenhado
Permitindo ao amor enganar-se que é um fado

Poeta querido teus traços perfeitos
Insinuam amantes em tórridos feitos
Incontidos desejos cumpridos outrora
Assombrando hipócritas do lado de fora

Teus traços são versos, poeta amigo
Alcova ou não, a mim é abrigo.
Olho a imagem e em amor me concentro
Querendo estar nua do lado de dentro.

Marcia Oliveira

A gravura reproduzida acima é de autoria do meu querido amigo Frederico Salvo, a quem ora homenageio.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Escolhi o caminho certo


Não tem como evitar, o bem e o mal sempre andam juntos. A batalha espiritual esta na mente.
Cabe a cada um de nós escolher que caminho seguir.
Cuidemos para que não haja atalhos.Ele tem o poder de atontear, fazendo com que o retorno para a estrada principal torne-se mais dificil.
A mulher sábia edifica a sua casa, a inapta ...

As escolhas são importantes, tua vida depende dela, para trilhar um caminho de paz.

Rosangela Colares

domingo, 20 de setembro de 2009

Culpa


Nos degraus da consciência
habita a culpa
busca a desculpa
julgamento equidistante a reputar,
infâmia de não existir.

A culpa é viúva
ou morre na solidão,
tem a mão vazia
no peso da ideia que a viu nascer.

Ah! A culpa sem desculpa
desconhece arrependimento
caminha avidamente
no calor das chamas
por baixo dos pés,
corre desvairada em busca de guarida,
esmurra estômagos alheios
na ilusão de não ter que admitir,
foge do espelho e julga na mesma medida
do reflexo que observa
na cratera do centro da barriga.

Ah!...A culpa não reconhecida,
é uma triste medida…
Cairá na diagonal sina
linha da inconfidência.

Ana Coelho

Tomara eu



Tomara eu, poder beijar o sol,
Incendiar os ventos, morder o anzol.

Ter a coragem de olhar a lua
Esquecer as palavras… e ser tua.

Tomara eu, beber a aurora
Misturar-me na terra, trazer o outrora.

Mergulhar sem medo em mar agitado
Esquecer-me de mim… sentir o pecado.

Tomara eu… deixar de ser…

Vanda Paz

sábado, 19 de setembro de 2009

EU SOU a fonte de tua vida!



Folheando o livro "Abrindo as portas que há em nós" de Eileen Caddy, encontrei um texto interessante para nossa reflexão!
José Manuel Brazão

Acabou


epente
Somos ninguém

Porque
Para quem éramos
Para quem acreditávamos

Deixamos de o ser

De alma rasgada
De peito dorido
Vou
… ao encontro do nada…

Vanda Paz

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

EU SOU amor!


Folheando o livro "Abrindo as portas que há em nós" de Eileen Caddy, encontrei um texto interessante para nossa reflexão!
José Manuel Brazão

Eileen Caddy

Estou vivo… para continuar a amar-te!


Como a vida me contempla!

Cada vez
te amo mais!

És o Sol,
O Céu, a Lua,
a natureza
no seu esplendor!

Um amor
Que envolve minha Vida,
Com alegrias
E tristezas
Momentos felizes
E sorrisos
De paixão e amor,
Com um coração que me diz:

Estou vivo…
para continuar a amar-te!

José Manuel Brazão

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A tua gratidão


Como existe em ti
o belo sentimento
da gratidão,
a tua gratidão!

Encontrei-te
nas cinzas da vida,
desfeita,
ultrajada,
consumida,
desorientada,
sem um rumo
para o teu caminho de vida!

Viveste
muitos sofrimentos,
silêncios, angústias,
tristezas,
incertezas,
dores de Alma,
Quase destruída!

Ajudei-te
com as minhas forças,
retirei-te das cinzas,
sarei feridas,
retirei medos!

Renasceu
em ti, outra mulher,
que sentiu Luz,
não mais se sentiu só!

Aprendeste
o rumo para caminhar,
passaste a acreditar,
em ti e na vida,
e que um dia
a Luz voltaria, para ficar!

Enriqueceste
a generosidade,
a bondade,
o carinho e o perdão!

Tu e Eu
sempre unidos,
ganhámos afeição,
amor,
muito amor,
que ambos carecíamos!

Um amor sem limites,
sem nada pedirmos
e tudo darmos!

Um amor lindo,
que só nós entendemos
e Deus…

Não sabemos o Destino,
mas ajudámo-nos muito:
um completa o outro!

Mas não esqueces a gratidão!

De mim,
Aqui ou Além… no Infinito,
ouvirás o eco das minhas palavras:
“Oi, amoreca!”
e sentirás a minha presença,
para tua serenidade!

José Manuel Brazão

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mãos repletas de amor


Teces o teu corpo no meu
num nascer do sol
com cor de rubi,
no horizonte do teu olhar
rosas vermelhas...lírios brancos.

Galopamos na nuvem límpida
a flutuar no azul tranquilo do céu.

Resvalas no meu peito
num mergulho húmido
no oceano da nossa paixão,
corais esplêndidos
embalados nas ondas
que envolvem carícias
numa ânsia cálida.

Encontro desfolhado
na essência cristalina
puro quadro de aguarelas
pintado com as mãos repletas de amor.

Ana Coelho

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vendo-se ao espelho


Como te olhas a um espelho,
de tal maneira adorável...
desde a face ao artelho,
num sorriso de cascavel.

Olhas uma e outra vez,
nunca deixas de o fazer.
Um ser da tua tez
só quer o ego fortalecer.

Até no local de trabalho
te afoitas com perspicácia
a veres-te em reflexo.

Ilusório...qual espantalho,
susceptível pela audácia,
pelo resultado: - perplexo!...

António MR Martins

domingo, 13 de setembro de 2009

Outros tempos


É pelas arcadas da vila
que respiro o ar de outrora.
Sinto-me mulher cigana
num espaço que não é meu
mas que me fascina e me encanta.
Escapam-se-me as raízes
que procuram saciar a sede
nesta terra banhada de frutos.
São as sombras do destino
que me entregam a este anseio.
É a magia das vontades
que me calam o pensar com um sorriso.
Derrete-se, aos poucos,
aquela velha vela dourada.
Apaga-se a chama num sopro
e de repente o tudo já é nada.
A luz, só a que nasce dos meus olhos,
tudo o resto é paisagem em aguarela.

O passado, tornou-se um presente desejado,
deixando o futuro entregue ao abraço prometido.

Vanda Paz

sábado, 12 de setembro de 2009

Eterno em mim!


Neste caminho
que trilho,
“Ando por aí”,
num
“Amor sem limites”,
“Amor crescente”,
“Amor da minha vida”
“Por ti daria a vida”
e ainda
“Amor calado”,
“Amor na minha mão”
“Amor sem hesitação”
“Amor sem recuo”
“Amor…só Amor!”,
“Amar-te-ei sempre!”,
“Amor não será vadio…”
e tantos outros poemas,
para minha alegria!

Eterno em mim,
a minha Alma.
o meu Amor
e a minha Poesia!

Eu, o homem
apenas um Mortal!

José Manuel Brazão

O poeta e as rosas


Lindo pomar de rosas
Que te dedicas a cuidar
Cuidas da terra com todo carinho
Com todo amor que em teu peito há.

Ah se estas mesmas rosas pudessem falar...
Diriam que por vezes choras
Ao contemplar o sol se ausentar.
Segredariam entre si as lágrimas que derramas
Revelariam a todos o nome da mulher que amas…

Mas as rosas não falam e tampouco sabem poetar
As rosas somente exalam
Suas tristezas
Suas alegrias.
Exalam sim
Por todo o lugar
O imenso e solitário amor
Que tentas ocultar.

Não seriam estas mesmas rosas
Oh poeta, a sua mais linda e singela inspiração?
Rosas geradas
Cultivadas
Com a mais bela poesia que injetas
No pomar do teu coração.

Nanda Salles

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Assim somos


Somos aquilo
Que não dizemos!

Filhos de um Deus
Na liberdade das escolhas.

Frutos maduros
Nos ramos em vigor,
Gestos de primavera
No cume de cada inverno.

A certeza dos gestos
As palavras não vociferadas.

Assim somos
A medida de cada
Laços que descobrimos
No interno peito escondido.

Ventre dos dias que nos geram.

Ana Coelho

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A luz do teu rosto




Quando o meu olhar
Toca os teus traços
A luz do teu rosto
Penetra em mim
Envolvo o meu sorriso

Voam no meu peito
Garças a planar
Em campos de lírios

Tacteio nas minhas veias
Correntes fluidas
Nos poros dilatados
Alegres arrepios
Que fazem de mim
O sol na foz da preia-mar

Ah!... Amor
Como sou feliz
Só por te olhar
Assim junto a mim…

Ana Coelho

Meu Anjo


Você sempre diz que “os anjos não descem à terra
para enxugar nossas lágrimas”
Concordo plenamente
Eles não precisam vir
simplesmente porque existem pessoas
que são sinónimos de anjos
Pessoas amigas iguais a você
Que transmitem paz
Nos acalmam quando queremos explodir
Não nos criticam quando
desesperadamente gritamos em desabafo
Que desperdiçam parte do seu tempo para nos alegrar
Nos fazem sorrir sem usar fantasias de palhaço
Nos abraçam quando nos sentimos vazios
Nos aquecem quando sentimos frio
E que não nos abandonam
Apesar de todos os nossos defeitos
Tu és assim
Um anjo para mim.

Maria Liberdade

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Lua apenas te sorri!


Acordas
tanto para viver
alegrias
como tristezas!

Quando pensas
em mim
espalhas toda a alegria,
mas quando pensas
na vida que tens
vem a tristeza
e deixa-te refém
de uma solidão
que não queres!

Recordas
a minha imagem,
olhas o Céu
e perguntas à Lua:
será amor ou paixão?

A Lua não responde,
Apenas te sorri!

José Manuel Brazão

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lágrima


Nasces
do crepúsculo
do meu olhar.
Lanças-te
pela escarpa,
triste,
da minha face
e vais…
…ao encontro
da enseada da memória
onde te aninhas
e fortaleces.

Podes luzir
no silêncio

ou rebentares
na escuridão
do sentimento.

As mãos acolhem-te
porque a alma ausentou-se,
por tempo incerto.

Vanda Paz

A entrega


Entrego-me ao luar dos olhos teus
Assim como sou
Sem tirar nem pôr
Repleta de paixão

Trago em meu peito um melancólico coração
Repleto de desejos
Inundado de amor
E machucado pela dor

Rendendo-me a este lindo olhar
A este lindo sorriso
Que assim como o luar
Hipnotiza
Encanta
Fascina

Vem lua
Atiça meus instintos
Lua linda
Cheia iluminada
Saibas que estou por ti apaixonada
Encantada
Calada pela majestade inebriante que me prende aqui
Neste instante a admirar-te
Lua linda que existe em um só lugar
Iluminando tudo
Com o brilho contagiante
Que existe dentro deste teu olhar.

Nanda Salles

Meu sonho real


Eu sempre sonhei com estrelas
E desejei com meu cavalo alado ir até elas

Eu sempre sonhei ser sereia
Falar com algas e baleias

Era minha vida
Minha fantasia
Só um sonho e nada mais
O que eu não sabia
Era que você existia
Que você era minha única verdade
E mesmo estando distante dos meus olhos

Aqui dentro, na alma e coração sempre estarás
Transformando sonhos em realidade
Afinal de contas, o que era só sonho, fantasia
Se tornou verdadeiro, sem ilusões, nem ironias
Era minha alegria
Meu anjo
Meu príncipe azul,
Minha poesia
Enfim existiu
Não estava longe de minha vida.

Nanda Salles

A verdade do amor


Logo que o véu se rompe
a verdade é revelada
não mais fica encoberta,
a mentira fica envergonhada
no pudor que não conhece
a maldade que experimenta
do sabor que alimenta.
Só o coração puro de amor
em livre arbítrio pede perdão,
abre o livro que estava oculto
revela toda a verdade...

A verdade
dói...
queima...
arde...
se inflama...
Deixa ferida...

O bálsamo do amor genuíno
derrama o verdadeiro sentir
em actos ternos de arrependimento
no fiel reconhecer
a transparência de todo o vagabundear...
Em plena leviandade, sem nada lhe faltar.
Nesse momento na alma o reconhecimento
perto do abismo se andou a balançar
por mera vulgaridade...

Saudade só se sente do amor
que nos fez feliz... (mesmo antes de o perder)
Na eminência da sua ausência,
tudo almejamos para rectificar...

Novo viver passa a valer
no mais intimo do ser.
O prazer carnal em tudo banal
por mais vezes que tentes ter...
Nem o recordar é real desse intemporal vazio,
onde nem o prazer foi verdadeiro sentir...

Assim a ferida fica sarada
o perdão reina nos corações libertos,
a amor ganha novo sabor
se torna substancioso,
numa usura intransponível
a qualquer forma exterior
por mais que ouse voltar.

Ana Coelho

domingo, 6 de setembro de 2009

... Quando...


Quando eu não mais existir
Procure-me nas flores
Eu serei o doce perfume que delas emana suave aroma
Quando eu não mais existir
Procure-me na chuva
Eu serei a água
Que molha seu corpo para te refrescar
Quando eu não mais existir
Procure-me em você mesmo
Eu serei a doce lembrança de um lindo e verdadeiro amor
Quando eu não mais existir
Procure-me na lua
Eu serei aquela que te ilumina
e fascina em noites de solidão
Quando eu não mais existir

Procure-me nas ondas
Eu serei aquela que vem bater na areia para dizer
Sempre estarei contigo porque
Ainda Te Amo!!!

Nanda Salles

Por este belíssimo poema da Nanda


Por ti

Por ti
conquistarei
o Sol, a Lua,
a Vida!

Por ti
serei alegre,
romântico
e generoso!

Por ti
encontrei a Luz,
a paz,
a harmonia,
a serenidade!

Por ti
conquistei a felicidade!

José Manuel Brazão

sábado, 5 de setembro de 2009

Desejo de Paixão


Mordo o desejo
No pulso dos teus cabelos
Destapo o olhar
No corpo nu
Nado na imensidão
Do liquido embriagante
Transpirado dos teus lábios

O ventre encontra
A tua ilharga
Descubro ecos impulsivos
Vindos do íntimo peito

Amortalho o teu manto
Com o véu da vontade
Céu aberto nas asas
Do amatório
Conjuntura
De estrelas em volúpia.

Ana Coelho

Todo o mal é vencido



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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tu e EU: SEMPRE JUNTOS NESTE CAMINHO!




* Tudo nasceu em 12 de Março de 2009 entre Vitoria e Lisboa *


E continuam estes sonhos:



Seguimos sempre juntos

Seguimos juntos
Na mesma direção
Sempre juntos
De mãos dadas
Corações abertos pelo caminho da felicidade e do amor
Seguimos juntos
Esta linda jornada
Apenas nossos passos marcam nosso caminho
O futuro o que nos reserva?
Ainda não sabemos o certo
Mas usamos a lupa do coração
Para entrarmos pela alma á dentro
Para descobrirmos enfim
Quem rege nossa linda caminhada
Um sentimento lindo
Forte e doce chamado
Amor
Então chegamos à conclusão exata
De que nunca nos permitiremos partir
Porque eu viverei eternamente em ti
Assim como vives em mim
De mãos dadas
Apenas
Eu
Você
E mais nada.

Nanda Salles


Por ti daria a vida!

No amor
tudo pode acontecer!

Paixões incontroladas,
loucos amores,
arrebatadores,
de desejos permanentes,
de prazeres sem fim!

Amores
que se perpetuam
em que ele lhe diz:
por ti daria a vida!

Ela sorri!
Ele olha e pergunta:
porque estás assim?

Volta a sorrir
e diz:
amor,
tu és a minha vida!

José Manuel Brazão



Rosas da minha vida

As minhas rosinhas,
rosas da minha vida,
crescem viçosas,
viradas para o Sol,
que as aquece
dando-lhes amor!

São tratadas,
com carinho
para sorrirem
num futuro azul,
como o céu!

Serão preparadas,
para repartir amor,
exalar paixão,
por quem
lhes estenda a mão
nesta magia
onde haja amor
e compaixão!

Estas rosas,
rosas da minha vida,
olhando,
vejo-as como Anjos…

José Manuel Brazão


ASSIM CONTINUAREMOS NA VIDA E NA POESIA: Nanda Salles e José Manuel Brazão

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pensar com Fernando Pessoa ... Um dia...



Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa