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terça-feira, 31 de julho de 2012

Butterfly



Butterfly
Que carrega nas asas
seus dias
suas noites
seus amores
suas dores
suas sombras
seu mundo
seus sonhos
seus medos
seus anseios..desejos.
Borboleta que chora
por achar o fardo pesado demais
mas sempre acreditando no que dizem
que nos é dado aquilo que pudemos suportar.
Me sinto assim
Uma pequena e frágil borboleta
diante de tudo que carrego
e suporto
calada
sozinha
assustada.
Mas mesmo assim insisto voar
tentando sempre levar adiante meu destino.
vou com elas.
Duas.
Sempre duas
Sempre companheiras
Asas..
Não são elas os maiores convites a voar?
A pensar? A sonhar?
Se elas me foram dadas
é um desperdício não voar e arriscar.
Sou assim uma criatura alada das alturas
uma doce criatura liberada.
que se permite todos os dias
mergulhar no precipício da imaginação
sempre acreditando
que por ser o que sou
alcançarei os mais altos céus
ouvindo sempre
a doce voz que tem meu coração.

Nanda Costa


[...]

Há muito
que voas por mim,
em mim!

Voas, voas,
sem descanso,
vais
para onde vou;
na manhã de cada dia,
páras junto a mim
e no teu frenesim,
acordas-me,
mostras-me o Sol,
que nos ilumina
e começas
os teus movimentos
de carinho,
preocupação
e dedicação por mim!

Penso,
penso muito,
donde veio ela
e porque se dedicou a mim?

Uma borboleta assim,
terá amor?
Amor por um homem
que lhe dá atenção,
dá o coração
para quem o acarinha!

Chamo-lhe Butterfly!

Vou por aí,
pelas ruas da cidade
com ela no meu ombro,
todos nos olham,
de espanto,
de admiração
sorrindo!

Como uma borboleta
com tanta liberdade,
se priva dela,
para não me abandonar
e viver comigo,
para todo o sempre!

José Manuel Brazão

vc me conhece perfeitamente e..sabe que este poema é como se fosse minha autobiografia!..
esta perfeito junto ao teu..muito obrigada por esta linda homenagem..

04/06/2010
Bjô




Nanda Amiga querida
Dos mais belos momentos
com as nossas duplas de poemas
no site Luso-Poemas
Beijooo do ZÉ

Um momento com o Poeta e jornalista Júlio Saraiva


Olha que não o conheço
mas enxergo na foto a humildade dentro dos teus olhos
eu diria que são olhos de um monge
rezando e cantando as horas canônicas
como um dia tentei fazer
mas me faltaram vocação e humildade

desculpa amigo
mas é que venho de noites bêbadas
mal dormidas
cheias de mulheres que deixei para trás
e que não tiveram culpa da minha falta de juízo

ao poeta josé manuel brazão
deixo o meu beijo carinhoso
com respeito
29/01/2011
júlio saraiva

Amigo JU
Emocionei-me com seu texto. Fui apanhado de surpresa, quando estava a consultar a Home Page.
De facto também não tenho vocação para monge.
Tenho forma própria de estar na Vida e sou um grande defensor e mensageiro do amor incondicional.
Sou um cidadão comum, homem livre, que quando partir para a viagem necessária, quer deixar como herança aos seus Filhos e Netos: AMOR, HONRADEZ, DIGNIDADE E LEALDADE!

Beijo e Abraço fraterno para si
do ZÉ
José Manuel Brazão



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Acredito...


Acreditar
pode ser uma virtude,
como ser um defeito!

Acredito no Criador,
não o vejo, mas sinto,
acredito na esperança,
não a vejo, mas aguardo!

Acredito na paixão
e no amor,
por um sensato coração!

Acredito talvez ingénuo,
mas na desilusão,
ganhei uma lição de Vida!

Acredito nos Amigos;
os verdadeiros como irmãos,
os falsos que fiquem com o meu perdão!

E neste acreditar,
paro e penso:
afinal acreditar é amar!

José Manuel Brazão



Amanhecer em ti


Seu olhar... seu sorriso... sua voz...
Acalmam os meus sentidos
Estar com você... sentir o seu amor
Não há nada mais bonito

regina ragazzi


cor de noite e tempo


Minha paz e meu silêncio
meu encanto e surpresa
tempo que inventa vida
de eternidade efêmera..
Misterioso imprevisto
inalcançável pelo amor
que recomeçou em vida
minha imobilidade de horror..
Compreensão fresca da noite
desenhada em nuances perfeitas
sem enredo ou segredo
na palavra menina em sussurro..
Não pertenço ao tempo
ao medo ou fragrância rude
pertenço à vida e à estrada
luz de verso no olhar..

Ingrid Caldas

domingo, 29 de julho de 2012

Pra sempre vou te amar


No silêncio da noite
Posso tocar-te com o pensamento...
Sinto-te tão perto
Embriagada neste lamento.

E nesta inquietude que me invade
Com um aperto no peito...
Guardo de teu rosto a saudade
Que me acompanha não tem jeito.

Procuro a suavidade de tua voz
Na sinfonia de uma linda canção
As horas vão passando veloz
Lembranças que rasga meu coração.

Meu olhar é silencioso
Nesta janela do tempo que nos separa.
Aguardo-te neste sentimento teimoso
Que no intimo me devora.

Tão forte é tua presença dentro de mim
Como a luz que reflete do luar...
Existe, coexiste, é sem fim
Eu sei que pra sempre vou te amar.

Belarose

sábado, 28 de julho de 2012

O céu da ilusão


Não quero mais o céu da ilusão
que fazia bem ao meu coração,
mas confundia minha Alma!

A vida ensinou a encontrar o chão
que piso mesmo com pedras
que guardo num monte
e serão o meu banco de reflexão da vida
daí avistarei a natureza
nesse horizonte sem fim
e já não verei o céu de ilusão
que fará mudar o meu rumo
com a esperança que dias melhores virão
e entrarão pelas janelas da minha Alma!

José Manuel Brazão

Divino diadema


Foto: Izaias Simão



PRIMAVERA


Ao som do riacho
e à melodia dos pássaros,
Há espaço para os ipês
Rosa, Amarelo, Branco...
Mas o Roxo no Riacho impera...
Abrindo a estação das flores
florindo a névoa branca...
Brindando a primavera!
Transforma o verde florir
da mata atlântica...
Num divino Diadema...

Sueli Rodrigues


Infinitos...


Meus olhos borboletas
passeiam primaveras
Asas azuis
Já arriscaram voos mais altos
(quando eram pássaros)

Meus olhos azuis
sonham infinitos
Infinitamente sonham
(Nunca desistem)

Meus olhos borboletas
passeiam primaveras
Descansa,
o pássaro que eu era
Mas meus olhos azuis...

regina ragazzi

Enquanto a chuva cai...


Cada dia que nasce
a nostalgia percorre
teu corpo e alma
e fica dentro do teu coração!


Vives com olhar distante
vindo até mim,
olhas-me em imagens,
nas palavras e pausas...


O olhar se aproximou
beijas os poemas,
sentes o perfume romântico
de cada um
- vives dentro deles –
 evitas de reler e reviver,
mas não consegues,
a nostalgia viverá em ti
enquanto a chuva cai!

Ventos da minha terra


 Todas as manhãs
o vento da minha terra
vai ao teu encontro
e junto ao mar da tua cidade,
esperas que toque teu corpo
ardente, saudoso,
desejoso,
acariciando tua pele,
passando pelos teus lábios
e de tua boca
roubando teus beijos
e já com saudades
amanhã aguardas ansiosa
novos ventos da minha terra;
voltarei sempre!

José Manuel Brazão

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sonho



Em cada novo alvorecer...
Fixo em meus pensamentos sua presença
Recordo-me do teu olhar ao anoitecer
E adormeço contigo na lembrança.

Sonho que habita no espelho d’alma
E transparece vivo em meu olhar
Sou atraída e totalmente rendida...
Como as ondas em busca do mar.

É um sonho que espero eternamente
Que esta contido em minha saudade
Sinto-o na busca que tanto almejo
E no grito que ecoa de minha ansiedade.

Como o espaço que reside no infinito
Um sonho que jamais vai passar...
Refletido vejo teu sorriso tão lindo
Que brilha nas estrelas e luz do luar.

Belarose




BELA FLOR. disse...
Ola amigo querido,obrigado pelo carinho e mimo de gostar de minhas poesias grata sempre Zé,beijos.
Rose
Como sabes assisti quase ao teu nascimento como Poeta
e nunca deixei de te acompanhar!
Como Mulher és das Amigas mais fieis que
conheci neste mundo poético!
Beijooo do


Acreditemos sempre


Feche os olhos.
Perca-se em devaneios
sabes que tenho amor
Amor assim: Tipo eterno!

Tenta acreditar
Sempre fomos amigos
Amigos irmãos...
Irmãos de alma e coração
Criei sozinha essa ilusão
Ilusão de amor, de te amar.

Manhosa... Fantasiosa...
Sou assim: Esse ser sonhador!
Tudo que diz: Vou logo acreditando...
Lhe peço querido
Feche os olhos
Eles dizem que me ama...
E sei: Estão mentindo...
Mas quase que acredito...

Sueli Rodrigues

[....]

Acredita em mim
e não digas:
“mas quase acredito”,
porque no amor e na vida
não sei mentir,
uso a verdade mesmo que magoe!

Meu amor por ti
de olhos bem abertos
é claro como a água
do lago da paixão,.onde nos cruzámos
e para sempre ficámos!

José Manuel Brazão

Não entendo...



Olho
e volto a olhar;
não entendo!


Penso
e volto a pensar;
não entendo!


Uma vida
com mágoas,
com marcas em mim,
tristezas que não vão;
alegrias que não vêm!


Onde estão,
os amigos de ontem?
Aqueles
a quem dava o sorriso,
estendia a mão!


O amor…
Não entendo...


José Manuel Brazão


Dedico aos Amigos do Hoje e do Amanhã
e aos Amigos resistentes com décadas
de companheirismo!



http://www.youtube.com/watch?v=r5ZwmTB7NCU&feature=related

Percurso de Vida


Caminho longo
percorrido
com obstáculos
que superei,
uns por mim
e outros ajudado!

Por quem?
Alguém!

No caminho longo
encontrei de tudo,
coisas boas e más.
Pessoas
que me davam a mão,
pessoas
que me traziam no coração,
mas ele era artificial!

Uns
ficaram para sempre.
Outros
ficaram pelo caminho!

Eu
continuo o percurso,
caminho longo…

José Manuel Brazão

Aguardo uma brisa de ti


Aguardo
uma brisa de ti...
Uma palavra,
um poema,
um beijo.
Aguardo em silêncio
calando o meu desejo...

Aguardo
uma brisa de ti...
Um carinho,
um abraço,
um sorriso.
Aguardo com saudade
pois é de ti que preciso...

Aguardo
uma brisa de ti...
Que me sussurra ao ouvido
que precisa de mim...
Que me deseja,
que me quer possuir...
E meu corpo
entrega-se em gemido
a uma noite prometida
de corpos entrelaçados
em suor...
Na febre de um amor
ainda por cumprir...

Vanda Paz

[....]

Nesta noite prometida
aguardas de mim
uma brisa
um carinho,
um abraço,
um sorriso.

Aguardas e sentes
que te desejo
e teu corpo entregas
em suor para te possuir
nesta noite prometida.

Rendidos nossos corpos,
os desejos foram cumpridos
entre quereres e sentires!

José Manuel Brazão



Perfeito dueto,Emocionante! Parabéns Poetas... deixo aqui um sopro de brisa pra vocês...
Boa noite e sonhos inspiradores!
bjo
Su







Lágrimas




Sinto em meu rosto
Uma lágrima rolar
Como gota de orvalho
Minha face molhar


Gotas amargas
Encharcadas de dor
Sinto-as em minha face rolar
Lágrimas que outrora
Foram de alegria
Lágrimas de amor
De sonhos
Fantasias
Hoje tornaram-se melancólicas
Vadias
Lágrimas de agonia
Agora regam meu dorido coração.
Que não sei por que razão
Teima em bater
Pulsar
Viver


Talvez este ferido coração
Ainda tenha esperança
De ser novamente regado
Por cristalinas e verdadeiras
Lágrimas da mais pura paixão.


Nanda Costa

Habitei esse teu corpo



Habitei
Esse teu corpo


Rosa sem espinho
Jangada em movimento
Teu supremo vinho
Néctar do meu alimento


Habitei
Esse teu corpo


Efervescência sofrida
Restauro da paciência
A tez que foi parida
Por mera eloquência


Habitei
Esse teu corpo


Onda de sofrimento
Leme que trago à deriva
Fonte do esquecimento
Luz da minha vida


Habitei
Esse meu corpo


Refúgio da insegurança
Rescaldo da excitação
Sinónimo de pura aliança
Na exultante sedução


Habitei
Esse teu corpo


Marco da eternidade
Elevação do fulgor
Cântico da felicidade
No culminar do amor.


António MR Martins

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ser interessante



Desde sempre
te achei interessante.


A tua beleza
está na sedução,
na simpatia,
na serenidade,
no brilho do teu coração.


O meu
fica palpitante,
muito palpitante,
quando me dizes:
se cuide...


José Manuel Brazão

Derradeiro instante


Num dia qualquer
A nossa estória
irei contá-la
em versos prosaicos
falando do momento
que nunca mais dia algum
aconteceu igual
horas de minha agonia
dor aguda
pungente
dolorosa
à sombra do teu sorriso
o meu derradeiro instante

Nossos anseios
predestinados aos
nossos desencontros
onde as tuas lembranças
eram o esquecimento
dos nossos devaneios e
fantasias!

Num dia qualquer
nossa vida perdeu-se por
completo restando apenas
soluços de um choro triste
nos dias que se fizeram
noites...buscando o meu
ser mutilado de ti!

Depois da desilusão
caminhando por
abismos e vales profundos
subi montanhas
desci planícies...
na esperança de reaver
meus sonhos!

 Celina Vasques

Alma minha


Oiço os teus gritos,
ecoam em mim...
Sinto
 a tua mágoa,

a tua tristeza,
que me gela a alma,
que me corta o coração.
Planas sem parar...
Cansada de tudo.
Voas sem rumo
para lado nenhum...
Deixo-me cair
num caminho de terra.

Arranco as asas...
Acabam os sonhos, as ilusões,
os devaneios...
Não voltarei a voar...



Vanda Paz

Como eu não possuo


Olho em volta de mim. Todos possuem
Um afecto, um sorriso ou um abraço.
Só para mim as ânsias se diluem
E não possuo mesmo quando enlaço.

Roça por mim, em longe, a teoria
Dos espasmos golfados ruivamente;
São êxtases da cor que eu fremiria,
Mas a minh'alma pára e não os sente!

Quero sentir. Não sei... perco-me todo...
Não posso afeiçoar-me nem ser eu:
Falta-me egoísmo para ascender ao céu,
Falta-me unção pra me afundar no lodo.

Não sou amigo de ninguém. Pra o ser
Forçoso me era antes possuir
Quem eu estimasse --- ou homem ou mulher,
E eu não logro nunca possuir!...

Castrado de alma e sem saber fixar-me,
Tarde a tarde na minha dor me afundo...
Serei um emigrado doutro mundo
Que nem na minha dor posso encontrar-me?...

Como eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão agreste, tão de amor...
Como eu quisera emaranhá-la nua,
Bebê-la em espasmos de harmonia e cor!...

Desejo errado... Se a tivera um dia,
Toda sem véus, a carne estilizada
Sob o meu corpo arfando transbordada,
Nem mesmo assim --- ó ânsia! --- eu a teria...

Eu vibraria só agonizante
Sobre o seu corpo de êxtases doirados,
Se fosse aqueles seios transtornados,
Se fosse aquele sexo aglutinante...

De embate ao meu amor todo me ruo,
E vejo-me em destroço até vencendo:
É que eu teria só, sentindo e sendo
Aquilo que estrebucho e não possuo.

              Mário de Sá-Carneiro

Dia dos AVÓS - 26 de Julho


Um Avô!

Passa o tempo
sem dar por isso!

Os netos crescem,
procuram-me
e não me encontram!

Ando por aí,
olhando por este,
ajudando aquele.

Passa o tempo
e meus netos crescem!

Não os vejo,
mas imagino
o amor
que nos atravessa.

Não os vejo,
mas sinto-os
a todo o instante!

Não me encontram,
mas sabem
que estou vivo,
sempre com o amor
por mensagem…

José Manuel Brazão




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um texto por demais significante, que escrevi pra você


Tendo em vista os vários questionamentos sobre meus textos e poesias, quanto aos temas e à inspiração, o que mais eu posso dizer senão que a poesia é arte e como arte é criação.

Na mais das vezes os sentimentos eclodem na linguagem d’alma e, pessoalmente, acho mesmo que a poesia é a linguagem d’alma, sem dimensão, portanto, pois se expressa no diapasão das inúmeras reencarnações até do próprio universo, em mutação, quanto mais às nossas reencarnações em aprendizado constante, em tamanhas experimentações e crescimento, no mesmo tempo em se possa mensurar o eterno.

Assim há poesias que crio através da observação e que significam a mais profunda reflexão de elementos fáticos, tirados até da própria profissão, haja vista que voltada à área da família, em que os sentimentos tantas vezes se contorcem na ausência do diálogo, na perda da empatia e, pior, no desentendimento do próprio eu, em desequilíbrio atroz.

Outras há que, ao contrário, falam da beleza das interações, assim também chegadas, pela mesma via de observação, através do contato com pessoas e fatos notáveis.

Outras e outras e outras a significarem a projeção do ideal, a criação do especial, a construção de um cenário real aos sentimentos que assim são capazes de construir de fato o nosso dia a dia, pois somos também frutos do que plasmamos e sentimos e pensamos e mais um sem fim de interações.

A própria trilha vinda do além e seguindo para o mais além traz conotações poéticas que se expressam naturalmente como resumo de vivência ou aprendizado, nunca só, sempre em soma, que é nisso que acredito.

Minha própria vida não descrita e sim transformada em pura arte, na pintura que permanece de cada experiência personificada, vivenciada, sentida, aprendida e até perdida, chega, expressa, como conclusões, como história de sentimentos esparramados e não contidos, mas sem nada a ver com um especificado momento ou um momento atual.

Eu diria até que a poesia em sua essência se faz atemporal.

Quando, por exemplo, uma poesia fala de olhos tristes, mais do que dos meus, fala em metáforas do sofrimento ou da tristeza comum a todos, que vamos, pelos caminhos, aprendendo a reconhecer.

Então, sem querer me estender demais neste texto eu digo que os meus poemas e as minhas poesias não tem uma direção certa, um alguém especial, uma história atual, ou um romance, ou um idílio, um pretendente, não, as minhas poesias não são autobiografia, nem telegramas ou recados, elas são antes de tudo a expansão da arte em temas reflexivos em que as metáforas dançam seu balé diário na plenitude da beleza, na plenitude universal do amor, chão de todos os sentimentos, quer sejam intensamente gratificantes, quer mornos ou gélidos em seus tormentos, porque esse é o estado natural da alma, que fala, que se expressa no universo da vida e a semente vital é tudo isso e se chama amor e como raiz presume infinitos sentimentos derivados, próprios à reflexão e à construção do mundo poético, que o poeta elabora e produz e propaga e redimensiona e cria e plasma e, mais que tudo, marca.

Será que eu me faço explicar?

Um beijo especial em cada um dos que me leem, dos que leem os meus textos, meus poemas, minhas poesias, meus livros, “até muitas das minhas petições poéticas”, e retornam através de comentários tão enriquecedores e questionamentos, que como o que gerou este texto, fomentam uma troca, assim, por demais gratificante entre nós.

Obrigada, obrigada e obrigada, sempre e sempre e mais.


Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
em participação especial

Poeta e Membro benemérito
da Casa da Poesia


Alma de Poeta com lágrimas ocultas!


Nem sempre a coragem
está em mim
e nela tento buscar
as forças que preciso.
Choro em silêncio
lágrimas ocultas
na alma do Poeta.

E em noites sem Lua
vem uma Luz iluminar
o meu coração de Homem
e Deus enxugar essas lágrimas,
deixando lágrimas do Poeta,
serem de alegria, alegria  pensando
em quem lê a sua Poesia!

Minha Mãe e a Poesia
serão sempre amor eterno!

José Manuel Brazão

Soneto do Amigo



Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.


É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.


Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.


O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinicius de Moraes

Por do sol em montanha


REFLEXOS
À Jaqueline Flores

Fim de tarde
Eu ali, no sofá da sala,
ouvindo uma música suave
e pensando nos acontecimentos.
Descobrindo que as certezas
nem sempre são certas.
E que, as vezes, tudo que parece seguro,
pode desmoronar.

Saio à janela
perdida em devaneios,
deparo com o por do sol...
Melancólico!
e com o céu azul
tumultuado por nuvens cinzentas.

Observo a rua:
Deserta.
Olho ao redor:
Janelas fechadas.
Tudo em volta parece refletir
meus pensamentos da hora.

Registro a imagem, a imortalizo.
Parece um aviso que
apesar das nuvens baças
o vento pode espalhá-las
o sol pode iluminá-las
e o cair da noite
pode ser estrelado
dissipando-as.

Então começo entender que 
as certezas, o porto seguro estão ali
a espera do meu por do sol,
clareando minha vida.
dando nova luminosidade às emoções
e asas a minha imaginação, para recomeçar...
Tudo de novo:
Descobrir os verdadeiros valores
do amor e da vida.

É:
O por do sol de Montanha...
Não, não é qualquer montanha,
é Montanha do Espirito Santo...
Revela tudo!

Sueli Rodrigues


http://www.youtube.com/watch?v=Wfm5IdiehUo&feature=player_embedded



Sueli Rodrigues disse...
Obrigada Zé, agora Montanha - ES - BR,berço da minha amiga Jaque Flowers, será conhecida em Portugal.
+ 1 carinho
Su

E tudo o vento (amigo) levou...



Conheci um vento amigo
que levava até ti
tudo o que esperávamos da Vida
em nós!

Um amor intenso
enquanto tivémos momentos felizes,
sonhando e realizando!

Tudo passou,
mas nada
mais aconteceu!

Dei amor em vão,
e teu coração tremeu
e te fez sumir,
escondida da Vida!

Vi as raízes de amor
secarem, morrerem!

E esse vento amigo,
que antes andava em vai-vém,
também cansou
e ficou junto de mim
apenas como vento amigo.
Só meu...
José Manuel Brazão


Não importa para onde vamos seguindo,
entre nós sempre haverá a lembrança
de um olhar, de um carinho,
e da integridade de momentos sinceros.
Mario Quintana 





Alma de Poeta com lágrimas ocultas!



Nem sempre a coragem
está em mim
e nela tento buscar
as forças que preciso.
Choro em silêncio
lágrimas ocultas
na alma do Poeta.

E em noites sem Lua
vem uma Luz iluminar
o meu coração de Homem
e Deus enxugar essas lágrimas,
deixando lágrimas do Poeta,
serem de alegria, alegria  pensando
em quem lê a sua Poesia!

Minha Mãe e a Poesia
serão sempre amor eterno!

José Manuel Brazão

terça-feira, 24 de julho de 2012

Envelhecer



Se não estivessem tão flácidos
estes dedos do tempo,
ainda seguravam a Primavera
das acácias em flor.
Agora arrastam-se, quase
folhas de nervura seca,vindas
passo a passo, de tão longe.
Oiço-te ainda rio. Oiço
no teu canto orvalhado
esse desejo de mitigar a sede
entre a ternura da folha seca
e o vermelho das rosas,
respirado.
É o tempo da cor intermédia
entre o preto do verso completo
e a audácia de uma estrofe a voar.
Chega Abril, de muito longe,
cada vez mais rente ao chão.
Já ofega sobre as ervas, este tempo
de mãos descaídas. Rastejadas.
É o vilão do verde das colinas
lâmina que penetra
neste tempo de rosas desmaiadas.


Marta Vasil


Querida Amiga
Muitas saudades de ti!
Beijo do ZÉ