Senti uma lágrima a querer balançar
Na rua do sal, presa a sufocarSenti uma lágrima nas ondas do tempo
Numa cara triste, brilhando em tormento
Senti uma lágrima, devagar…devagar…
Colada ao rosto, não me queria deixar
Eu lavei o rosto, a tentar disfarçar
Mas ela era minha, insistia em rolar
Eu prendi a lágrima, não deixei passar
Ficou presa ao rio, que me queria afogar
Caiu na garganta, num gole de ar
Mas um pingo de água, conseguiu passar
Caiu numa folha, num sonho a voar
Levado num sopro, perdeu-se no mar.
Cristina P. Moita
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