domingo, 20 de setembro de 2009
Culpa
Nos degraus da consciência
habita a culpa
busca a desculpa
julgamento equidistante a reputar,
infâmia de não existir.
A culpa é viúva
ou morre na solidão,
tem a mão vazia
no peso da ideia que a viu nascer.
Ah! A culpa sem desculpa
desconhece arrependimento
caminha avidamente
no calor das chamas
por baixo dos pés,
corre desvairada em busca de guarida,
esmurra estômagos alheios
na ilusão de não ter que admitir,
foge do espelho e julga na mesma medida
do reflexo que observa
na cratera do centro da barriga.
Ah!...A culpa não reconhecida,
é uma triste medida…
Cairá na diagonal sina
linha da inconfidência.
Ana Coelho
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