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terça-feira, 28 de abril de 2009

O meu sentir


Nada pior,
que olhar
e tudo parecer vão!

Uma vida
com os outros
e para os outros
e tudo
parece que não existiu!

Passeio
no deserto,
quando já não vejo rua!

Vejo
atalhos sem saída
e paro.

Onde está o meu caminho?

Pergunto
e ninguém responde!

Olho
para donde vim,
não alcanço ninguém…

Porque vivo assim?

Ninguém saberá responder…!

O poeta
que encantou os outros,
não sabe escrever um poema para si…

José Manuel Brazão

3 comentários:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Mesmo achando que não sabes escrever um poema para ti, sentiste-o e mostraste-o muito bem.

"Onde está o meu caminho?" - perguntas no teu poema. O teu caminho só tu o poderás encontrar, embora os outros te possam de vez em quando nortear,não achas, Zé?

Estas questões, estas dúvidas que colocamos a nós próprios talvez sejam os atalhos que pocuramos para encontrar o tal caminho...


Beijinho grande

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

A resposta que se busca,
A resposta que se quer,
A resposta que se espera,
A resposta que não se tem...

Nunca sai o vento a procurar
Canto do mundo fechado a ele.
Procures a resposta de onde saiu
A pergunta, que aí ela vem!

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Olá, Habibi! Já faz um tempo que eu te leio, mas não respondia porque, por motivo de também ser poeta, queria responder em versos, e só gosto de versos mesmo quando eles vêm naturalmente.
Eu,que por destino sou muçulmano, lemvrei de um provérbio sufi, e compus pra ti este poema que leste acima. O provérbio é o seguinte: "Procures a resposta no mesmo lugar de onde saiu a pergunta."

C'est avec beaucoup de plaisir que je te lis. Et aussi c'est vrai ce que vous nous dit, que la poesie tue les chagrins de la vie.

Au revoir, mon ami.

Vanda Paz disse...

O poema está no teu peito

Beijos