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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cantares


Quisera eu, fossem tuas mãos
A moldar-me o corpo do poema
Trilhando caminhos de solidão
Pela pele que suspira em fonema

Breve é a luz onde me deito
Escorrendo secretos desejos em flor
Travando-me nos lábios o beijo
Cantando versos ao meu amor

E pela embriaguez do aroma
Com a organoléptica em euforia
Analiso-te em frágil redoma
Traçando-te em discreta harmonia

Vanda Paz

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