Eu quero escrever algo extraordinário
Que não me faça tão extraordinária assim
Eu quero fazer o que me compete à intensidade
De como sou
Apenas, e tão simplesmente
Alguém constituído de complexo e simples
Da velha, habitual, e admirável
Da essencial excentricidade, e cumplicidade
Do ser junto, e o ser num espaço separado
Assim
Na forma extraordinariamente humana de existir
Eu quero fazer um lugar onde se cultive esta semente
E ninguém tenha vergonha de não ter uma fórmula que não existe
Um DNA não gerado
Algo fora de se ser humano
Eu quero tantas coisas! Quero-as, como as estrelas do céu!
E, por estas linhas, marco minhas pegadas
Estou tentando alcança-las
Mesmo aos olhos de quem não as vê.
Jacqueline Collodo Gomes
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