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domingo, 16 de outubro de 2011

O Quintal ao Lado... Inspirado em poema de Beatriz Prestes



Olho para o lado e vejo
uma multidão que vai caminhando...

... isso é plágio, tem música assim
Vou começar de novo!

Olha para o céu e vejo, ôpa!
Também não dá...

Olho para e mim e vejo
O reflexo do tentar, do querer
Olho para dentro de mim
E vejo sentimentos, argumentos
Sei me ver, será?
Olho para cima, para o lado
E vejo...
Vejo a multidão que se precipita
E enxerga o que quer
Vê o que a libido atiça
Ao contrário de mim, vê torto
Como se enfiasse o olho
Naquele buraquinho do caleidoscópio
E o girasse sem cessar, rapidamente
Assim o mundo se torna colorido mesmo
Como se um alucinógeno a penetrasse
E arrancasse de si o que há de mais proibido

Que coisa essa vida
Tola pelas pessoas
Que ela mantém
Que atravessam pântanos
E se enchem de lama e tal
Mas são obstinadas
Atentas a detalhes
Que enxergam de forma errada
E assim devaneiam
Fazendo da curiosidade
Arma letal, fatal (ao menos pensam assim)

Então olho para o lado
E vejo essas pessoas
Olho para cima 
E vejo o céu que as cobre
Olho para sua vivenda
E vejo mistura de sensações
Olho para o quintal delas 
Esse que fica a meu lado
E vejo folhas misturadas
De árvores mesmo
E também de papel
Que mostram versos
Desbotados pelo tempo chuvoso

Ah, interpretações
Ah, devaneios
Ah, manifestações
Ah, interpretações
E interpretações
Ah, pensamento humano
Que não sabe identificar
O limite da poesia
Não sabe perceber
O que há entre versos
E realidade
E coloca sua cabeça 
Para fora do seu mar de buscas
... imediatamente
Como se tivesse renascido
Reagido ao desespero das esperas

Ah, poesia que mexe com o coração
E ao mesmo tempo sacode a poeira
E desinibe os tardios sem esperança
Que estragam a arte do sentimento

E a nuvem branca vai passando
As flores se abrindo e a grama sorrindo
As árvores cantam e gargalham
Os duendes brincam e saltitam
Elementais se atropelam mudos e rápidos
Felicidade e tristeza se alternam
No quintal ao lado
Porque na vida é assim
Os quintais, os jardins
As salas e ante-salas
Os quartos de dormir
São todos iguais
Porque somos nós que os fazemos
Os construímos e mantemos
Somos nós, enfim...
Somos nós.

Renato Baptista
em participação especial


Beatriz Prestes disse...
Este poema do Renato realmente transcendeu!
Ele é muito generoso, pois é alguém que tem os olhos e a alma totalmente tomados por poesia, em tudo ele consegue a mais absoluta inspiração!
Parabéns Zé pelo carinho à ele!
Beijo carinhoso Zé, e tbém ao Renato!!
Um momento brilhante e lindo!
Bea

2 comentários:

Beatriz Prestes disse...

Este poema do Renato realmente transcendeu!
Ele é muito generoso, pois é alguém que tem os olhos e a alma totalmente tomados por poesia, em tudo ele consegue a mais absoluta inspiração!
Parabéns Zé pelo carinho à ele!
Beijo carinhoso Zé, e tbém ao Renato!!
Um momento brilhante e lindo!
Bea

Renato Baptista disse...

Zé...

Obrigado pela publicação... é uma honra estar aqui com vocês todos em comunhão.

Abraços*
Renato Baptista