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sábado, 29 de outubro de 2011

A noite

Entrei pela noite
 De mãos cheias
 De vento
 Abracei o vazio
 Afoguei-me no tempo

 Estendeste-me o silêncio
 Agarrei-o
 Com esperança
 Mostraste-me o caminho
 Com olhar de criança

Colhemos prazeres
 Transformámos
 Os corpos
 Arrasámos a vida
 Em poemas já mortos

 Percorremos o sonho
 Em desenfreada
 Loucura
 Encantámos futuros
 Esquecendo a amargura

 Acordo agora
 A transpirar o que fomos
 De lágrimas escorridas
 Na realidade de quem somos.

Vanda Paz

[....]

Abriu a noite
e tive um sinal!

Passou tempo
sem a tua voz,
as tuas palavras
que me alimentam
a Vida!

Saudades,
muitas saudades,
do teu encanto,
do teu carinho,
dos teus olhos
cheios de esperança,
do reencontro
do nosso amor,
que sentimos
fortalecido,
muito querido
e muito amado
em nossos corações!

De mãos dadas
prosseguimos
o nosso caminho,
sem destino,
sem olhar para trás!

José Manuel Brazão


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