quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Folhas de silêncio
O coração é ritmado
de amor sem causa
no resultado
aritmético
dos braços trocados
na fonte da lua cheia…
A palavra não consegue
traduzir
os tremores e amores
no âmago do peito
é apenas tinta
vertida numa folha nua
de papel riscado…
São vácuos bordados
nas linhas corridas
folhas de silêncio
nanogramas de um pincel…
Quando a varanda do cerne
esconde o teu olhar
é rouco o pensar
na tridimensional
e oculta lua de papel…
Ana Coelho
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