Reservo-me nas horas que preenchem os dias que faltam. Cruzo
o olhar com a espera, enquanto os lábios respondem ao silêncio. Submersos, os
sentimentos reclamam o amanhã, fugindo aos olhares inquisidores. Entorna-se
então o pensamento, em auxílio, num lânguido momento, onde a linha do meu corpo
reclama as tuas mãos. As minhas, vazias, lembram o suor da tua pele ateando o
fogo às palavras que escrevo. Fecho os olhos e encontro-me no teu respirar, gemendo
a saudade e suspirando a distância. Beijo-te longamente o sorriso. Desmaio
devagar no teu anseio e deixo que me faças tua, afogando os sentidos em prazer
profundo. Renascemos em cópula, numa estreita cumplicidade que grita no
horizonte o futuro, que espero, neste texto onde me perco.
Tália
Tália
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