Por ti
me desabituei de nimbar a lua.
Fiz versos na cratera do vulcão
e queimei adjectivos na lava.
Por ti
empunhei em riste
o sabor amargo do silêncio
e rasguei a voz matinal do búzio.
Por ti
fecundei mil ideias
e por ti
as abortei na sede das madrugadas.
Por ti
depus no destino
o amadurecer do fruto
ou o fruto a apodrecer.
Marta Vasil
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