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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alma poeta



Alma poeta que as dores dos outros suavisas
Caminhas resoluta de olhar em frente
És manhã de orvalho de frescas brisas
Numa cálida presença em quem te quiser presente

És flor que se abre em selvagem jardim
És sol de inverno que aquece a solidão
És esperança para quem pensa estar no fim
És gota fresca para quem labuta em duro chão

No teu sono de certeza está
As inquietações que sentes nos outros
A tua serena mão acaricia a paz e a dá
De quem a paz, alguém a tirou aos poucos

Mas se a tua alma ouvisses
Certamente não poderias dar tanto
Se por um momento a sentisses
Sentirias que também ela, é alma em pranto!



Fernanda Rocha Mesquita

3 comentários:

Anónimo disse...

Um poema que se fosse eu que o escrevesse o dedicaria, sem duvida a si, José Brazão. Alma de poeta na vida e poesia! O seu blog é paz!
Continue. A força que dá aos outros certamente o susterá de pé!

Alguém sempre presente

José António disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Coelho disse...

Um belissimo poema, um retrato fiel do poeta a alma pura na poesia.Uma homenagem merecida.

Beijos aos dois