quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Noite pintada de branco
o fogo brilha na tua pele dourada
deslizo-te nas minhas mãos
aquecendo-te a alma
para que depois entres em mim
como labareda de sentidos
e me arrastes as palavras secas
desatando o nó que trago na garganta
danças como bailarina
deixando o teu corpo espalhado
nas paredes deste cristal
que te recebe e que te torna única
ao meu olhar melancólico desta noite fria
o teu aroma complexo e quente
traz-me à boca notas de madeira tostada
e a lembrança da fruta nobre que te fez poema
deixo que te adentres em mim
e me faças tua
embriagando-me em sorrisos estéreis
até encontrar o fim desta noite pintada de branco.
Vanda Paz
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