quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Nos ombros do sonho
Debrucei o olhar
No parapeito do vórtice,
Indistintas águas
Alucinavam lá no fundo…
Amortecidas cores de porcelana
Despiam o brilho
Na penumbra em luto,
Indignos pensamentos
Com os pés longe do altar…
Nasce a noite
Num parto estremecido
No regaço de um manto estrelado.
Breves instantes
Que alugam o meditar…
As pálpebras
Reerguem-se
Nos ombros do sonho,
Espuma branca
Que beija os pés…
Irradiam flores misteriosas
Vindas do céu…
Nas mãos que nunca abandonam
A esperança…
Nos cantos da boca
Rasga-se um sorriso de esplendor…
Ana Coelho
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário