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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um poema de amor


é no encharcar da palavra
que regresso
à essência do pensamento
para lá das pontes de nós dois

basta um sinal
uma estrela mais cintilante
uma chuva mais intensa
para que procure o teu olhar
e me deixe derramar nas tuas mãos

caminho sempre só no teu sorriso
como gaivota serena que voa sem parar
e se alimenta do mar do teu corpo

o sol anoiteceu aquele dia
escondendo-se por trás
dos nossos corpos ansiosos
que se amaram no decorrer
de um momento tão real
como a vida que nos separa

as violetas que deixei no teu peito
de pétalas cravadas de sonhos carmim
são pedaços de poemas que nascem
na fonte dos meus mais íntimos desejos.

Vanda Paz

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