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sábado, 5 de dezembro de 2009

Som da luz



Em cada palavra que invento
Há um sonho
Nele, rabisco a essência
Do meu pensamento…

Traço num véu ao som da luz
Esboços de memórias…
Que percorrem as veias do meu corpo
Circulação
Que tantas vezes ignoras!

…Não vou convencer-te,
Nem tão pouco explicar-te
Os timbres
Que cantam e choram
Nos impulsos dos meus dedos…

No meu universo
Recolho partículas minhas
E talvez até tuas…
Em nuvens onde me deito…
Sonho…acordo
…Reorganizo
Pétalas num ramo estrelado,
Somente meu…

…No infinito do ser
Que canto e vivo
Em plenitude…
Cristal que molda
Todas as letras
Dentro das palavras…

…Aquelas que não te direi!
…É inútil,
Se as não consegues sentir…
Ficaram assim dispersas
Nos séculos
No baú da minha comoção!
Moldadas no pó
E ao pó as levarei…

Ana Coelho

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