sábado, 5 de dezembro de 2009
Atrasa...
Espreguiça-se sem demora o cair da tarde
na distância que ainda o separa da lua
Atrasa a luz da memória
anunciada pelo verso nocturno
Atrasa a rede que vai lançar à onda
quase espuma
Atrasa a pétala que exala
a fragrância do silêncio
Atrasa o esconderijo de sonhos
empoleirados em beirais insidiosos
Atrasa em desmesura a ilusão
para não ver um poema
respirar na lonjura da ternura.
Marta Vasil
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