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sábado, 1 de maio de 2010

Brado


Meu grito sai sufocado
É um brado, quase calado
Mas implora teu socorro
Para que eu não desatine
E perca o controle
De algo que nunca tive
E que agora suplico
Dá-me água de beber
Minha sede é imoral
Posto que sou reles mortal
Dá-me alimento a ingerir
Minha fome é a imensidão
Deste céu sem fim
Dá-me poemas a deglutir
Minha ignorãncia é pura
Como o sorriso de uma criança
Dá-me sorrisos a distribuir
Antes que eu veja o dia ruir
Meus anseios me consomem
Faça de ti meu homem
Porque sou tua mulher.

Luciana Silveira

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