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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pró-cura-se


(imagem google/quadro Gustav Klimt)

Tenho saudade de mim.
Há muito não me vejo.
Tenho procurando nos anúncios de jornais.
Não sei por onde ando.
Mas sinto falta das noites comigo.
Do colo que eu me dou
Do meu abraço que acalma.
Saudade de mim..
Não me vi nos olhos de ninguém
Embora tenha insistido..
Que falta me faz o meu toque
Acaso viste uma moça com o sol nas mãos?
Nada responde.
O tempo traz a sombra ao meu farol.
Tudo tende a ficar frio e escuro.
Minhas torres começam a ruir
Limbos nascem no topo
E eu com saudade da mãe que mora em mim
e que me acalenta
nesses momentos de soluço.
Vasculho o rastro da poeira
Ninguém viu..
Ninguém sabe onde estou
Prossigo minha busca incansável
Anseio achar-me,
Anelo ver-me,
Antes que o sol das minhas mãos se ponha mais uma vez.....

Sandra Freitas

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