domingo, 2 de maio de 2010
Sobre ser Mãe
Não foi o anjo Gabriel a avisar-me que eu ia ser mãe. O “positivo” que sobressaia no exame Beta-HCG como uma profética luz me deu a certeza que sou uma bem-aventurada. A confirmação que algo extraordinário estava acontecendo comigo cobriu-me com uma aura mágica que só quem se descobre grávida sabe como é. Tive essa prazerosa sensação por duas vezes e em cada uma delas não deixei de aproveitar um só momento.
Nunca esqueço a plenitude de ter uma criaturinha a se movimentar em incômodos - que mais pareciam cócegas - enquanto pezinhos chutavam-me abaixo das costelas: o sorriso bobo ao acariciar a barriga toda torta e ter a certeza de estar palpando um bumbum são indescritíveis.
As preocupações com o futuro (que antes não tinham a menor importância) vão tomado forma e rosto com o passar do tempo, onde até sabores dos alimentos se tornavam mais gostosos para quem (como eu) nunca teve uma náusea ou vômito durante a gravidez.
Ser mãe é o sentimento e o dom mais profundo que eu tenho. Nada me é tão visceral quanto o amor por quem fez parte do meu corpo e a quem alimentei com seios pesados de afetos. As sensações com relação aos meus filhos durante os meses de gestação e lactação vão além da separação pelo cordão umbilical.Elas são feitas de pequenos grandes prazeres diários, mudanças físicas, de humores, mas acima de tudo, de uma grande alegria interior.
Mãe intui o que necessita, acontece e sente o filho. Através do olhar apaixonado é capaz de descobrir pequenas mentiras, grandes alegrias, desapontamentos e tudo o que ocorre com sua cria, por que silêncio de filho para mãe diz mais que qualquer Tratado Mãe & Filhos escrito pelo maior dos sábios que nunca foi mãe.
Betha M. Costa
Um belo texto da minha Colega e grande Amiga Betha
Beijos do ZÉ
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