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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor - rara flor


Estas lágrimas de chuva que caem agora
Não me convencem que devo ser triste
Por essa distância que nos separa, meu amor
Pelo contrário, elas lembram-me água que escorre
Cada vez que sinto tua presença em meu corpo
Lembrança de momentos belos vividos
Intensamente sentidos e absorvidos por nós
Essa chuva teimosa, que produz frio exterior
Não alcança o que vem de dentro, que é esse amor
Elas teimam em cair, mas meu cerne não alcançam
Pois ainda queima em mim nosso amor abrasador
E mesmo o mar, esse imenso e salgado senhor
Lembra-me são teus olhos, eternidade constante
Canta-me fados, rios que desaguam em mar
Esperarei sempre o que há de vir, amor meu
Com uma calma e graça de coisas que vêm da alma
Então durmo serena, certa de que estudante ainda sou
Desse amor que emerge e vem da mais rara flor.

Luciana Silveira

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