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domingo, 9 de maio de 2010

Laranja brava de Maio


Limpa-me laranja brava de Maio
desta acne que me veste de inquietação.
Afia-te foice romba
que mascas a grama nascida nas mãos.
Enfurece-te vento
roça a terra, o rio, roça-me a pele,
tomba no leito fumo de incenso
e purifica os sonhos sem chão.


Que a uva não se tansforme
na embriaguez do vinho
Depressa os bagos se soltem
e sejam consumidos longe do meu caminho.


Se existe Deus
que Ele me ajude a jejuar
não de leite, pão ou carne
mas de palavras pressentidas em cada acordar.

Marta Vasil

1 comentário:

Anónimo disse...

Será triste para os lêem esse jejum..
bjokas