sábado, 29 de maio de 2010
A queda - Angústia dum amor
A queda
Do salto dos ares
Engelando os pulmões
Estrelas e aves
Despedem-se em tom fúnebre
Esbarro em limbos e cúmulos alvos...
Chão abaixo dos pés
Poeira engendrando os passos
De ossos e carne, nua e crua..
Espreito o reflexo em seus olhos
Sinal evidente da decepção...
Me perdoe
Por cantar fora do teu tom
Sem dispensar o batom
por rasgar os desenganos
por possuir outros planos
que não se encaixam aos seus..
Me perdoe
Por não calar aos meus ensejos
Não atender os seus desejos
Ser menos você e mais eu...
Me perdoe
Por perder o ar que encanta
Por não ser nenhuma santa
Por exigir o que é meu..
Me perdoe
Ainda que nesses versos
Te leve em meu coração
Mas nesse grande universo
Somos retas paralelas
caminhando em contra-mão..
Me perdoe
Por ser tão realidade
E te falar a verdade
Nua como ela é
Se eu nunca estive entre santos
Se eu não sou mais o teu anjo
Se sempre eu só fui mulher
Sandra Freitas
Angústia dum amor
Foi belo
o amor que te dei
e os momentos vividos,
que não se repetem,
apenas ficam
na memória do tempo!
Foi belo
aquele amanhecer
que gerou dentro de ti,
a paixão, o amor
nunca antes vivido
e que voou
pelo mar imenso
e nos juntou
num sentir
forte,
muito forte,
que parecia eterno!
Um eterno
enquanto durou…
Até anoitecer…
Ficam marcas
desta paixão,
deste amor original,
distante
que uniu corações
que só nós entendemos
e o destino...
José Manuel Brazão
"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
Vinicius de Moraes
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