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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Vou-me encontrar


Sai devagar,
para longe de mim,
vou-me encontrar
quero-me perguntar,
onde está a lomba
que não consigo
ou posso destinar.

Quero me interrogar
se necessito de mim,
minhas origens,
umas caminham
outras escorregam
num espaço aberto
escuro de médão.

Vou me esconder
todos me estão a filmar
olho...não quero ver!...
uma careca a luz do dia,
uma amputação sem razão
um flagelo que esconde
a dor a denegrir.

Eu vou sair
e procurar
em minha volta
o que há de bom,
quem quer auxílio
nesta revolta...
e vou sorrir!

Cristina P. Moita

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