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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Quem me dera...


Quem me dera...
Quem me dera sobre o meu corpo
Caísse uma teia de esquecimento
No tormentoso pensamento louco
Ninguém ouviria o meu lamento.
Como gostava de me perder no eco
Que vai e vem entre montanhas
Celebrar e perdoar ao meu ego
O quanto acreditei em artimanhas
Manhas minhas, sem maldade
Alimentei a tua alma sedenta
Ouvirei a voz até à eternidade
Como uma dor que aumenta!
Cismou o coração e minha alma
De castos e humildes abaixaram
Num assombro de tanta calma
Em silêncio meus olhos choraram!

Quem me dera…
Quem me dera sobre o meu corpo
Caísse uma teia de esquecimento!

Maria Valadas

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