quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Abandono
No silêncio do parque
Abandonei os meus sentidos
Olhei as folhas caídas no chão
Espalhadas
Num ar amarelecido!
Meus sonhos dispersos
Que o vento leva na mão
Num rumo mais adverso
Ali vai desenhado o meu coração
Com a convulsa mão arranco
O que me querem espalhar ao vento
Em últimas vozes repetia
Ai, e os lastimosos lúgubres acentos
Que em meu coração sentia!
Sou uma ave...
Com as asas partidas
Magoados suspiros
Brandas queixas,
Gotas de orvalho...
tombam sentidas
Num arrepiar frio das telhas!
Os meus olhos são como duas centelhas
No silêncio do parque
Abandonei os meus sentidos
Esqueço o que digo!
Maria Valadas
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