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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Histórias de qualquer um


Na ânsia de viver por linha bem traçadas
afinamos as mãos
pegamos no estirador
esboçamos a planta da vida desejada
e em alicerces bem construídos
caminhamos sobre a senda desenhada.
Mas… um dia
derrubam-se os alicerces da paz
interrogações eclodem no peito
na boca nascem palavras atadas
nas mãos gestos contidos
e os traços da planta da vida
assim vão ficando esquecidos.
A vida desarruma-se em dias cansados
emaranha-se em sonhos malfadados.
Avisa a fala do tempo para voltarmos atrás
rebuscarmos dentro de nós
nos recantos mais recônditos
mas encontrar ou redesenhar a planta da vida
já ninguém é capaz.

Marta Vasil

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