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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Devaneio


Arfava de prazer meu peito ardente
Ah! De um amor, delírio e de paixão
Num turbilhão como rio na corrente
Batia forte, fortemente o meu coração!

Sempre que o via nas nuvens de alva
Em cascatas desenhadas de luz da lua
Quer na branca nuvem que eu velava
Com lânguidos suspiros de ser sua!

E ele! Nos braços de outra amando
Hoje, de mim só resta o desencanto
Olhos castos e humildes repudiando
O círculo da lua olha o meu pranto!

No meu ímpeto difuso de quebranto
Nem um sorriso de esperança anseio
Rasgo! As vestes simuladas do manto
E por montes e vales fujo do devaneio!

Num ímpeto difuso de quebranto...
Rasgo as vestes simuladas do meu manto!

Maria Valadas

Pintura: John Willian Waterhouse

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