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domingo, 11 de dezembro de 2011

Poema para degustar (não alcoólico)

Por vezes
 as coisas mais simples
 encontram - se nos sorrisos
 das folhas que caem no outono,
 no brilho das falas
 que deslizam como rio adormecido
 até à foz de um poema,
 espalhado pelo mar aberto do abraço.
 Os aromas dos cafés e das gentes
 nas manhãs frias de sentidos
 embriagam os gestos cansados
 e adormecidos….

 Por vezes
 achamo-nos nos outros
 onde tudo é claro e transparente
 sem regras, sem medo,
 sem alimentos virtuais,
 simplesmente
 o degustar de uma amizade
 com aroma, com sabor
 e encorpada de sonhos.

(este é um poema que pode ser guardado no peito, deitado ou em pé,

e degustado sempre que apetecer porque jamais azeda)

Vanda Paz

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