Somos um povo ofendido
Sempre enganados por tais
Eles fingem ter ouvidos
Olhos são só para os demais
Eles nos fecham as portas
Mentem com dentes fatais
Medos nos certam com pás
Buracos de homens reais
Bandeiras perdem a cor
Hastes se erguem banais
Os mares gritam as dores
Dos marinheiros sem cais
Somos ceifeiras perseguidas
Já dizem que somos vulgares
Da crise já forjamos as modas
Fome é um dos novos cereais
Somos um povo sem dedal
Infestos dos senhores feudais
Melhores vozes por Portugal
Que os zurros já são demais.
Cristina Pinheiro
Moita
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