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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eterna solidão

Talvez o sonho não chegue,
talvez seja tarde a noite partir.
Escorrega a frescura do Outono
pela minha face fria,
enquanto o Verão
ainda me agarra os pés descalços.
São tão poucas as vezes
em que colho o aroma dos teus olhos.
São tão poucos os momentos
em que bebes da fonte do meu corpo.


Corre, sereno, um rio dentro de mim,
mas corre sem margens,
encharcando-me o olhar
pela falta das tuas mãos.
Talvez o sentido inverso seja a solução.
O queimar da ferida, o afogar da razão.


Do poema, só a saudade fica.
Do amor, eterna solidão.


Vanda Paz

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