Outra vez sentada no jardim
de cotovelos apoiados
no parapeito do meu silêncio.
Sinto as raízes da inquietude a habitarem-me.
A espremerem-me em dentadas.
No lago, sob os velhos chorões
o cisne coça-se debaixo da asas.
Sacode as penas, sacode o ar.
Fragrâncias alastram em liberdade.
E de repente…
afasta-se a inquietude que me povoa
segue a excitação dos pássaros
afinca-se nas copas das árvores
e, cheia de sono, adormece
enquanto o café que bebo,
me fala baixinho de pétalas de ti.
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