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domingo, 22 de agosto de 2010

Dialogo


Quando dialogamos não ousemos pensar
que o diálogo é espontâneo se este
não for sincero e singelo, com gestos
doseados, para que possamos abrir
o livro da nossa vida.

Através das nossas palavras
e expressões faciais, os outros
fazem uma leitura da nossa vida.

Quando dialogamos devemos falar
sobre aquilo que as pessoas
necessitam de ouvir e não apenas
sobre aquilo que nos dá prazer.

Dialogar é também ouvir aquilo
que os outros têm para nos dizer,
e não aquilo que queremos ouvir.

Dialogar não é falar por falar,
emitir sons e falando do que é usual
ou trivial dizer-se.

Dialogar é entregarmos-nos para que
possamos com todos os sentidos
ter consciência de que dialogar
não é conversar...

Diálogo é o aprimoramento
e aprofundamento do conhecimento
do outro, é tirar as máscaras sociais,
chorar, falar de fragilidades, derramar
as inseguranças, diluir os temores,
restaurar os traumas, confortar e edificar.

Quando aprofundarmos os nosso diálogos
veremos que o verdadeiro conhecimento
que os outros têm de nós se revela
através do nível do nosso diálogo com eles.

Dialogar em suma, é certamente sair da esfera
do egoísmo para abraçar sem heroísmo a esfera
do humanismo, doando-nos em troca da paz que sentimos
ao abraçar este compromisso sentindo
e sorrindo sendo feliz pela partilha e doacção.

Alice Barros

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