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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Como é possível?


Dois seres que se amaram e concluindo não alimentar mais esse amor, passaram a viver cada um as suas próprias vidas, esperando que o tempo se encarregasse de os aliviar dessa carga emocional e passassem a manter a forma mais pura de amar, isto é amigos entre si!

Ambos viveram momentos de se completarem; um sentia o outro como se estivessem juntos; as preocupações dum eram sentidas e vividas pelo outro; cada instante da Vida era dos dois como um só corpo e alma!

Pelo caminho apareceram os “corpos estranhos” que pretendem mexer no que está quieto. Não desejam que um homem e uma mulher vivam com paz, harmonia e amor. Tudo fazem em atitudes obscuras e mesmo vergonhosas tentar separar essas pessoas.

Se uma delas está numa fase de fragilidade, tudo se torna mais fácil para os intentos dos potenciais destruidores de almas e enfim: do amor vivido por eles.

Cada um vai para seu lado e pelo menos um deles não entende bem o que se passou.
O fragilizado fica propício a encontrar logo um motivo, mas que de facto não tem substância credível. Um amor dissolvido necessita de motivos e razões fortes, mas nunca um repentismo uni-lateral, que deixa o outro sem conhecer os factos!

Como é possível? Tudo isto é o reflexo da sociedade em que vivemos e na qual não há hipóteses das pessoas com formas de estar na vida ideais para um novo Mundo, uma nova Era de se justificarem e sensibilizarem os demais, que podem existir equívocos, erros e lembrar ainda, que devem existir valores como a compreensão, tolerância, atitudes e um Sol para todos.

Tudo isso se vai desgastando, perdendo e ficará omisso!

Assim se destroiem vidas com momentos felizes, que se tornarão irreparáveis. Histórias do quotidiano que provocam angústias, tristezas e desespero, contribuindo para uma vivência sem motivação onde a esperança, a solidariedade, a paz, a harmonia e o amor começam a ser palavras banais, vulgarizadas em vez de valores substantivos e doutrinais!

José Manuel Brazão

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