Eu,
Adulta, dotada de instrumentos
cognitivos evoluídos, madura,
racional, ciente da impossibilidade total
de ter seu corpo pulsando sobre o meu.
Mas meus poros nada entendem de abismos,
nem ausências.
Minha pele não sabe de privações.
Minha carne não concebe distâncias.
Meus instintos são libertos de prisões.
O suor escorre em prece,
O cheiro evapora lembranças
descompassando o coração
E minhas sensações caminham
na contra-mão da razão.
Sandra Freitas
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