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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Rumos


Estranho este dia
Em que nuvens 
Aparecem escuras
Sem as formas de sonhos
Que antes enxergava
E mesmo que eu cante
O mundo permanecerá surdo
Porque não me pertence
E em meio a estranheza
Penso no que eu deveria
Talvez caminhar sem parar
Entre os transeuntes buscar
Um rosto estranho 
Abrigando alma conhecida
Conseguir ler as margens
Das portas e calçadas
Reconhecer histórias
Pegadas marcadas
Das cidades invisíveis
Guardadas nas memórias
Lembradas nos confins
Observo a artimanha
Face cavalheiresca
Arqueiro cheio de alvos
Rumando para a leveza
Vazio do caminho


Beatriz Prestes
em participação especial

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