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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Poema caído



Uma a uma as palavras foram caindo
da escada que sustinha a vida do poema

Um poema a respirar a madrugada das amoras
embriagado no roçar macio das uvas

Um poema que crescia enchendo a casa
ilustrando nas paredes a ternura dos dias

Um poema que chorava sozinho
quando todos sorriam

Agora sou sou eu que choro
sobre as lágrimas do poema caído.

Marta Vasil

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