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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Na minha beira



Vem sentar na minha beira, ao pé da porta
Quero sentir-te bem pertinho, ao pé de mim
Como uma ponte que me trespassa o horizonte
Entre o querer e o ser de querer que é para ti

Esta margem do meu corpo, te transporta
É margem dúbia de saudade dentro de ti
A forma intensa sobre um retrato, que te vi
Porta-retratos de um passarinho no jardim

Fotografia sépia entre a cor e um benjamim
A parte incerta no retoque do capim
Mar negro em meu olhar, vestido em ti

A cor aberta, que não deixo fugir de mim
Suor do peito em tatuagem de jasmim
Na correnteza dessa margem que vem daí.

Cristina P. Moita

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