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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Foco



Lentamente apreendo a esponja, sobre o meu corpo
A água resvala, sobre a minha perna…devagar…
Os meus seios iluminam, num raio de luz
Que entrar pela fresta da janela a alinhar
Seguro o cálice, tocando suavemente nos lábios
Sobre a aresta do vidro, a cereja escorrega a delirar
Escuto o ranger da porta, perco-me a sonhar
Passando o pé no pé, deslizo pela banheira
Sinto o meu corpo a escorregar, levanto a perna
E ao afundar, seguro suavemente em cada madeixa
A entrançar, num cabelo negro de te alcançar
E levianamente o sabonete quer se encostar
A porta range e, o peito aquece a queimar
Em flash, com raios de sol a querer-me tocar
No meu corpo o calor incide sobre mim
Liberto-me no espaço da tua ogiva…a saborear!

Cristina P. Moita

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