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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os tempos choram a liberdade das crianças




Esta vida, que nos dias de hoje se torna cativa
Num mundo virtual que se torna real
Deixando ao longe um reconhecimento profundo
De uma vida travessa, nas portas do quintal
Onde estão
…todas as crianças do mundo
Que brincavam com magia na terra e no trigal?
Só subiam a casa quando as noites eram frias
Ou nos dias travessos em que se portavam mal
Falta o ralhar das vizinhas, das flores que arrancavam
Nas brincadeiras no murro do quintal
Até as bicicletas caídas, pedem o mercúrio para as feridas
Com tantas saudades que têm, de andar…
As janelas secam os olhos, de não ver os miúdos
A pedir água, de tanto correr e saltar.
Já não há fogueiras ateadas e, alcachofras contadas
Nas noites mais ansiadas das canas cortadas
Eram focos as crianças que corriam nas ruas
Sempre iluminadas com o cheiro da terra palmilhada
nessa partilha e troca de flores
A liberdade foi cortada, por tanto protegermos as crianças
Neste mundo, polémico e mediático
Nesta suposta evolução, onde aparece tanta dor!

Cristina P.Moita

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