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domingo, 29 de novembro de 2009

Hora vazia


Não saber quem sou me sentir assim
É viver silêncios que silenciam horas que passam
É sentir que me perco e dou por mim
Presa em amarguras que me amordaçam

Num querer de não me querer sentir assim
Perco o meu olhar no dia que nasce tão quieto
É assim que me perco e dou por mim
Me sentindo tão longe do que parece tão perto

Vida lá fora tão quieta que me espreita
Fico quieta para que nesta hora possa ser meu
Este me perder em mim que em mim se deleita
Se há vida lá fora, de mim se perdeu

E no tempo que me perco em mim
Perco o tempo que passou e não vivi
Presa nesta hora me perco assim
Num momento de vida que passou... e não senti!

Fernanda Rocha Mesquita

1 comentário:

Eduardo Mesquita disse...

Assim se vive o verdadeiro amor.
Nao existe amor sem sofrimento e so' quem sabe amar percebe que depois de uma dor a felicidade ofuscara'os desencontros que so' acontecem por se amar intensamente.
Obrigado por colocar este poema aqui no seu espaco, porque fica muito mais rico pela expressao de sentimentos tao profundos que tanto rareiam hoje em dia.
Eduardo Mesquita