E por me despetalar me renovo,
Por um momento teu rosto não roço;
Já não me assemelho à imagem da flor,
Porém, ainda hei de seu cheiro repor.
Por meu destino ser um helianto*,
que ao Sol, sublime bem quer tanto e tanto,
Eu me deixo renovar minhas pétalas
Cada sonho de mim, todas as cédulas.
E se a morte de mim-flor for destino,
Final ato que com olor assino,
Deixo em ti minha formosa lembrança.
Pois até onde teu coração alcança,
Sei: não haverás tu de cedo olvidar
Da flor que fui debaixo do luar.
Luciene Lima Prado
*girassol
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