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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sou culpada!


Sim… sou culpada!
amortalhei os meus desenganos
como quem esconde um segredo
num cofre arrombado
numa depredação desmesurada.

Ao escolher
entre o tudo e o nada
Escolhi vestir-me
de sonhos desfeitos
para que a minha ingenuidade ferida
se refizesse
na essência dessa desilusão!

Feriram o meu coração
impunemente!
E eu...
ah, doida como sou
trajei-me a preceito.
Bani os recalcamentos
como se descalça
galgasse pedras e montes
para renascer
nas feridas sangrando.

Sou culpada, sim…!
Por ti,
por mim,
por nós...

Por não saber
romper o silêncio
que se aglutinou em mim
em fúrias de vento
açoitando as rochas
e neblinas
ofuscando a minha lucidez!

Emudeci
Morri
Renasci…

Só depois
agasalhei a minha nudez
com os teus olhos cristalinos
a iluminarem a minha descrença
Como se fossem um farol.

… Desculpa, meu amor!

As ausências
As fugas
As recaídas
O amor flamejante
silenciado.

Este amor incompreendido!

Vóny Ferreira
em participação especial



Se tenho ainda memória para mim foi o mais belo que lhe li.

Estou emocionadíssimo pelo que acabei de ler e o que agora escrevi neste espaço.

Beijo carinhoso do

1 comentário:

Anónimo disse...

Vony eu fico sem palavras diante de versos tão profundos, tão sinceros, como se fossem gritos de amor!
Um sofrimento tatuado na carne corroendo as entranhas...algo indivisivel e nada que eu possa te dizer seria à altura dos teus lindissimos versos!
Resta-me aplaudir-te de pé!
Com meus respeitos!